Em 2021, a bola da vez da internet móvel será mesmo o 5G, como vem prometendo o mercado? Se depender de Alberto Griselli, CRO (diretor de receitas) da TIM Brasil, não.
Em entrevista exclusiva a Tilt, o executivo explicou que a companhia decidiu ir por um caminho diferente. Além de focar na expansão do 4G para todos os municípios até 2022, que ainda não é realidade para todos os brasileiros, vai explorar primeiro a banda larga residencial de quinta geração —projetos-pilotos foram iniciados no final de 2020 em três cidades: Bento Gonçalves (RS), Três Lagoas (MS) e Itajubá (MG).
Ele sabe que a expectativa para conexões mais rápidas no Brasil é enorme. Operadoras rivais, como a Claro, Oi e Vivo, já lançaram no ano passado uma prévia do 5G brasileiro com a rede DSS (Compartilhamento Dinâmico de Espectro, da sigla em inglês), que pega emprestado faixas de frequência do 4G para oferecer uma velocidade próxima à do 5G, mas sem as aplicações da internet das coisas e das cidades inteligentes.
Na teoria, já estamos prontos para ir além, no aguardo do leilão de frequências previsto para junho de 2021, mas Griselli defende que não é hora de pôr o carro na frente dos bois. Essa tecnologia de transição, que funciona em poucas capitais do país, está longe de ser o 5G de verdade e, sem leilão, as empresas não têm muito para onde avançar, ressalta.