No início de agosto, a empresa brasileira de big data Semantix cumpriu um marco na maturidade de grandes companhias: realizou seu IPO (oferta pública inicial) na bolsa de valores de Nova York, a Nasdaq.
Foi o ponto alto do diretor-presidente Leonardo Santos, que ajudou a fundar a Semantix, ainda com jeitão de startup, em 2010. Ele entendeu o potencial da nova tecnologia, logo vaticinada na capa da Time: "dados serão o petróleo do futuro".
Ele e a revista estavam certos. A Semantix cresceu rápido: chegou a uma avaliação de mercado de US$ 1 bilhão. Este número atraiu a Alpha Capital, focada em aquisições de empresas para apresentá-las ao mercado internacional.
"A Alpha estudou mais de 20 mil empresas da América Latina. No final escolheram 117. Foram diminuindo esse funil, até escolher a Semantix."
Filho de pais separados, uma professora e um engenheiro, Leonardo já tinha jeito empreendedor aos 12 anos. Depois da escola, aproveitava o tempo para dar banho em cachorros e entregar pizza à noite.
"O objetivo era ganhar dinheiro — ter um foco que não fosse ficar dentro de casa jogando videogame", conta o empresário, rindo.
Aos 13, foi colocado pelo pai em um curso de computação no Senac. Aos 17, já era responsável por cuidar de todo os data centers da instituição. Antes mesmo de deixar a escola, já era beta tester da Microsoft, onde também ascendeu rápido.
Santos relembrou os desafios de sua trajetória em exclusiva com Tilt.