Olhar para o ambiente: foi o que fez Camila Achutti quando ainda era uma estudante de ciência da computação na Universidade de São Paulo e percebeu a enorme discriminação que as mulheres sofrem na sua área. Para tentar mudar de alguma forma a realidade, deu um primeiro passo, logo no primeiro dia de aula: criou o blog Mulheres na Computação.
Desde 2010, ele fala sobre o gap de gênero na tecnologia e hoje virou uma referência. Já ajudou a trazer para o Brasil, por exemplo, o Technovation Challenge Brasil, desafio de empreendedorismo e tecnologia só para garotas.
Ela sonhava em trabalhar na Nasa, mas foi parar num estágio no Google da Califórnia (EUA) assim que terminou a faculdade. E isso mudou tudo.
Perceber que eu era programadora como todos os outros que estavam ali fez com que eu percebesse que poderia ser quem eu quisesse
De volta ao Brasil, viu que "era preciso mudar a realidade da indústria de tecnologia por aqui, tão diferente da que eu tinha visto no Vale do Silício", diz.
O passo seguinte foi a criação de duas startups, a Ponte21 e a Mastertech, que já formaram mais de 5.000 alunos e têm o foco na promoção da diversidade na tecnologia.