Quando Marcello Liviero começou a trabalhar com tecnologia no Brasil, a ideia de acessar a internet sem fios parecia coisa de ficção científica. Nos poucos escritórios em que o tal do wi-fi já existia, a experiência era longe do ideal. "Para conectar quatro pessoas simultaneamente você tinha que colocar um roteador no meio da mesa e as quatro pessoas tinham que estar próximas, e invariavelmente uma delas caía. Custava caro", diz.
Liviero foi um dos responsáveis por trazer a TP-Link ao Brasil em 2006, quando a então pequena empresa chinesa começava a dar os primeiros passos em sua expansão internacional. Ele foi intermediário nas vendas dos roteadores da marca no mercado nacional até 2013, ano em que a companhia, após dominar 50% das vendas, decidiu fortalecer o negócio em solo brasileiro. O executivo foi então escolhido para liderar a parte comercial da empresa por aqui.
Com o passar dos anos, a marca chinesa se manteve como um nome de peso no setor de roteadores. Mas não é porque o wi-fi virou o "arroz com feijão" do prato tecnológico do brasileiro que a empresa está acomodada. O desafio agora é convencer o consumidor a pagar mais por roteadores mais potentes, e ensiná-lo a tomar mais cuidado com sua segurança online.