Tilt: Quais eram os maiores desafios envolvendo o wi-fi quando a Aruba foi criada, em 2002?
Partha Narasimhan: O wi-fi era largamente uma tecnologia de consumidores, e nós apostamos que seria a tecnologia que tornaria possível a mobilidade em empresas. Então, tivemos que fazer essa transição enfrentando três questões: mobilidade, gerenciamento e segurança. Em primeiro lugar: se você usa em casa, você tem um ponto de acesso, um roteador. Mas, se leva para empresas, tem que usar a rede de celular, porque a mobilidade é importante. Segundo: você vai ter um número grande de pontos de acesso, então como gerenciar isso? E em terceiro: a segurança era importante. Em 2002 e 2003, o único mecanismo de segurança do wi-fi disponível não era bom. Criamos o WPA2 para melhorar esses padrões, que depois virou o WPA3, que é a fundação de como as redes funcionam até hoje.
Tilt: Quanto o wi-fi mudou de lá para cá?
Partha Narasimhan: As maiores mudanças foram na velocidade, que ficou progressivamente melhor. Em 2002, era de cerca de 50 Mbps. Passamos disso para 150 Mbps, e alguns anos atrás chegamos aos gigabites. Agora temos um novo padrão, chamado wi-fi 6, que é a sexta geração da rede. Com ele, o melhor ponto de acesso pode chegar próximo de 10 Gbps.
Tilt: Você acha que os usuários entendem as diferenças do novo wi-fi 6? Eles sentem a diferença?
Partha Narasimhan: Na verdade, eles não se importam com os detalhes da tecnologia ou como fazemos isso funcionar. As pessoas na indústria se importam, mas nós, como usuários finais, queremos uma experiência em que isso não importe. Você vai a um jogo de futebol, tira uma foto e quer tuitar sobre isso. Você não se importa se vai ser no wi-fi, na rede móvel ou no Bluetooth. Contanto que vá rápido, está tudo bem.
Temos um objetivo na Aruba que chamamos de "a rede invisível". Permitir que os usuários façam o que eles quiserem, quando eles quiserem, para que eles parem de pensar na rede. Se eles estão pensando nela, quer dizer que algo está errado.