Pode xerocar a própria cara?

Saiba como funcionam as fotocopiadoras

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA TILT, EM SÃO PAULO

As fotocopiadoras não são exatamente novidade. Os primeiros aparelhos datam do final dos anos 1930, inventados pelo físico norte-americano Chester Floyd Carlson.

Mas elas se popularizaram mesmo a partir dos anos 1970, especialmente com a empresa Xerox - marca que acabou se tornando um sinônimo de fotocópia aqui no Brasil.

Nos anos 1980, a migração do sistema analógico para digital melhorou ainda mais a qualidade das impressões.

Hoje, esses aparelhos passaram a ter funções diversas, muitas vezes trabalhando como uma impressora, capaz de printar um documento a partir de um cartão SD ou pendrive, por exemplo.

A lógica básica de funcionamento, porém, permanece a mesma e é justamente isso que você vai descobrir a seguir.

Como funcionam as fotocopiadoras?

De maneira geral, as fotocopiadoras atuais acabam misturando funções de outros dois aparelhos bem conhecidos: os scanners e as impressoras.

Para escanear o documento, a máquina usa uma faixa de fonte de luz LED de alto brilho que ilumina a folha de papel.

Mas essa fonte de luz também tem um sensor de imagem CCD (Charge-Coupled Device, ou Dispositivo de Carga Acoplada), similar aos de câmeras fotográficas. Ele captura as faixas iluminadas pelo LED, como se tirasse várias "fotos" do documento a ser copiado.

Conforme faz a captura, o CCD vai enviando esses dados para o sistema de processamento do aparelho, que une todos esses segmentos para formar uma imagem completa. Essa cópia digital é enviada para o sistema de impressão.

Agora vem a outra "metade" da máquina: a impressora, que pode ser a laser ou jato de tinta.

O primeiro tipo é o mais antigo e popular no Brasil. Esse sistema é composto por um conjunto de tambores, emissores de raio laser, espelhos e um cartucho com um pó de tinta em seu interior, chamado toner.

Resumidamente, o laser se orienta pela versão digital do documento para marcar, no tambor, os pontinhos que reproduzem exatamente o texto ou imagem a ser copiado.

Esses pontos atraem partículas de toner na posição exata para serem marcadas na folha em branco. Por fim, essas partículas são fixadas no papel usando calor.

Esse é o método de menor custo, geralmente usado para se fazer cópias em preto e branco (ainda que existam máquinas do tipo capazes de fazer reproduções coloridas).

No caso das impressoras a jato de tinta, elas usam uma cabeça de impressão que direciona gotículas das tintas dos cartuchos para o papel, de acordo com a imagem a ser impressa. Essa tecnologia também é bastante comum em impressoras residenciais.

Dúvidas comuns

  • O que determina se uma fotocopiadora fará cópias coloridas ou não?

    Depende dos sensores CCD e da tecnologia utilizada. No caso dos sensores, existem aqueles capazes de capturar imagens apenas preto e branco e outros coloridos. Se a máquina for a laser, ela precisa ter vários tambores, cada um responsável por reproduzir cores básicas diferentes. No caso de fotocopiadoras por jato de tinta, há uma mistura de tintas de cores básicas que conseguem simular as cores do documento original.

  • O que influencia na qualidade das cópias?

    Assim como ocorre com máquinas fotográficas digitais, a resolução dos sensores CCD tem um papel determinante. Da mesma forma, a qualidade dos componentes usados no sistema de impressão também têm um impacto relevante no resultado final.

  • É perigoso colocar partes do corpo uma fotocopiadora?

    Farra comum de escritório: tirar uma cópia da mão, da cara ou até de outras partes do corpo, colocando-a na área de escanear documentos. Pode dar problemas? Com seu chefe, talvez. Com a manutenção da máquina, também. Mas para a sua saúde, não. O processo de cópia é similar ao de uma fotografia. Não há risco de queimaduras ou outros tipos de machucados.

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