A fila andou

A tecnologia causou uma revolução nos serviços. Agora, é a hora das empresas provarem a que vieram

Gabriel Francisco Ribeiro Do UOL, em São Paulo Arte/UOL

Há pouco mais de um ano quem imaginava que muitas das capitais brasileiras estariam com patinetes elétricas alugadas circulando para lá e para cá? E há dois anos, que teríamos uma epidemia de entregadores do Rappi ou Uber Eats? Vamos um pouco mais longe: há menos de dez anos, sequer usávamos Netflix ou Uber. Trocamos o telefone pelo WhatsApp, as agências de viagens pelo Booking, os CDs pelo Spotify...

Todas essas tecnologias mudaram nossas vidas rapidamente --ou pelo menos mudaram nossa relação com os serviços. Fizeram também muita gente ficar rica. A Uber, que acabou de abrir seu capital e atingir um valor de mercado de mais de US$ 80 bilhões, não me deixa mentir.

Ainda não dá para saber se ela realmente vai se provar uma empresa que vale tudo isso, mas podemos dizer com certeza que ela mudou o jeito como circulamos pela cidade. E isso não é pouca coisa para uma companhia fundada faz uma década.

Hoje conseguimos fazer com o celular ou relógio coisas que supercomputadores não conseguiam. Quando temos tecnologia mais barata, fica mais barato experimentar e criar novas empresas, surgem mais desenvolvedores e mais gente interessada, atrai mais capital de risco e aumenta o consumo. Assim, vamos viver ondas cada vez menores em tempo de adoção e descarte de tecnologia. Estamos sentindo isso, mas vai aumentar

André Miceli, coordenador do MBA de marketing digital da FGV (Fundação Getulio Vargas)

O caso Uber explica muita coisa

Quando a empresa mudou a dinâmica dos transportes nas grandes cidades ao ampliar o acesso a carros compartilhados, ela causou uma pequena revolução. A tecnologia permitiu oferecer um serviço de táxi por um preço muito menor, o que parecia mágico e até mais sustentável.

Mas a real é que não foi por isso que a empresa atingiu um valor de mercado tão alto. Ainda não há evidências de que o modelo em si possa ser lucrativo. O cenário de corridas muito baratas, acirrado pela alta concorrência e acompanhado por um séquito de motoristas mal remunerados, não parece promissor. Segundo o último balanço, a empresa perdeu US$ 1,8 bilhão em 2018 --é bem menos que os US$ 4,5 bilhões que perdeu em 2017, mas a Uber (ou qualquer outra empresa de carona, vale dizer) ainda não explicou como pretende dar lucro.

Fontes ligadas à companhia disseram à Reuters que o grande atrativo da companhia está no volume de dados que ela detém. Isso sim pode ser muito lucrativo. "Os investidores estão vendo valor em características colaterais desse negócio. A Uber tem os dados das viagens e pode vender depois para indústria automobilística, fazer campanha de marketing com empresas que vão estar no percurso e colocar anúncios dinâmicos", explica Miceli.

A mesma lógica serve, portanto, para as outras empresas que dominam o nosso celular (e nossos perfis, likes, trajetos, gostos e dados). É o caso do Spotify, que registrou o primeiro lucro operacional de sua história apenas em fevereiro deste ano, e da Netflix, que alça voos cada vez maiores na indústria do entretenimento movida a algoritmos.

Relembre abaixo como era a vida antes e depois da revolução nos serviços.

Do CD para o Spotify

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  • Como era...

    Lembra quando você ia a uma loja escolher um CD ou disco lançado por uma gravadora? A mídia física, que te dava pouco mais de uma dúzia de músicas, praticamente morreu nos últimos anos. E isso sequer deixou as gravadoras revoltadas --elas seguem dando lucro graças ao streaming. Em 2017, a receita das três principais cresceu mais de US$ 1 bilhão. As vendas de CDs, por outro lado, caíram 80% na última década nos EUA.

  • Como ficou

    Apps como Spotify, Deezer e Apple Music colocam o acervo das gravadoras no seu bolso. Você ouve a música que quiser, onde quiser e a hora que quiser. O Spotify, fundado em 2007 na Suécia, abriu seu capital em abril de 2018, foi avaliado em quase US$ 30 bilhões e no último trimestre do ano deu lucro pela primeira vez: US$ 107 milhões. O principal serviço do tipo no mundo tem 217 milhões de usuários, sendo 100 milhões deles pagantes. A Apple Music tem a metade.

Da locadora para a Netflix

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  • Como era...

    Não tinha jeito, para ver um filme era no cinema ou, depois, na locadora --e o aluguel de lançamentos custava mais caro que filmes antigos. Outra solução era esperar passar na TV a cabo ou, bem depois, na TV aberta. Parte disso já é passado: a penúltima Blockbuster do mundo fechou em março e a TV paga não para de perder assinantes (em 2018, foram 500 mil a menos apenas no Brasil).

  • Como ficou

    Fundada em 1997, a Netflix só foi seguir o modelo de streaming que a faz famosa em 2007. Desde então, revolucionou a indústria ao oferecer filmes e séries a qualquer hora e sem propagandas, por uma taxa mensal. Passou a investir em produções próprias e, neste ano, até o Oscar reconheceu a importância do serviço e indicou o filme Roma como melhor filme. Ela tem 150 milhões de usuários pagantes que geram uma receita anual de US$ 15,7 bilhões. É avaliada na Bolsa em mais de US$ 150 bilhões.

Do táxi para o Uber

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  • Como era...

    Antes, quem tinha dinheiro circulava de táxi pela cidade. Você chamava um carro livre, que passasse na rua, ou ia até o ponto. Muita gente não curtia o jeito dos taxistas, mas era o que tinha. Segundo estudo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), a chegada dos apps de carona diminui em 56% as corridas de táxi em uma cidade no momento em que os novos serviços aparecem. Depois, há uma recuperação e o número fica em 26%, como já visto nas grandes capitais do sudeste.

  • Como ficou

    Houve conflito, mas a Uber e suas rivais, como 99 e Cabify, conseguiram estabelecer-se. São poucas as cidades que mantêm restrições ao app de carona. O modelo, que usou do bom atendimento e dos descontos para atrair clientes, popularizou a deslocamento de carro e agora também é conhecido por levar passageiros para áreas onde os táxis não iam. No Brasil, a Uber tem 22 milhões de passageiros e mais de 600 mil motoristas parceiros (sem qualquer vínculo empregatício), segundo balanço de 2018 --no mundo, são 75 milhões e 3 milhões, respectivamente.

Das agências para o Booking

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  • Como era...

    Antigamente, para reservar um hotel ou pousada, você procurava diretamente com o estabelecimento ou procurava uma agências de turismo. Era difícil pesquisar opções e comparar preços. Não dá para dizer que as agências acabaram, mas elas mudaram. Muitas migraram para o online e focaram em outros serviços, como pacotes e viagens guiadas. Em 2018, a CVC lucrou mais de R$ 300 milhões.

  • Como ficou

    Sites como Booking, Hotels.com, Trivago e Expedia deixaram a vida do viajante independente muito mais fácil. Eles também funcionam como intermediário, mas oferecem diversas opções de hospedagem no seu destino, a um clique. Em junho de 2018, o Booking foi considerado o site de viagens mais visitado do mundo: tem mais de 2 milhões de hotéis cadastrados na plataforma. Em 2017, a holding faturou US$ 12,7 bilhões.

Das enciclopédias para Google e Wikipedia

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  • Como era...

    Para descobrir algo ou pesquisar um assunto, o caminho era as gigantescas enciclopédias, como a Barsa e a Larousse. Era tudo pesado e limitado. Em 2012, a Encyclopaedia Britannica anunciou o fim da versão em papel após quase 250 anos. A brasileira Barsa ainda tem versão em papel, mas já colocou todo seu conteúdo online.

  • Como ficou

    Quer descobrir o significado de alguma coisa? Dê um Google ou busque na Wikipedia. É claro que devemos ficar de olho em edições de conteúdos e informações falsas, já que a curadoria do ambiente digital é diferente da feita pelas editoras. Mas os números não mentem: o Google tem 63 mil buscas por segundo. Já a Wikipedia em inglês tem, agora, 5.853.686 artigos.

De hotéis para o Airbnb

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  • Como era...

    Ficar na casa de desconhecidos talvez nem passasse na sua cabeça anos atrás. Mas, quem queria alugar um apê na praia ou uma casa no campo costumava procurar amigos, conhecidos ou imobiliárias. Segundo estudo feito pela Universidade Harvard com dados de 2014, o Airbnb causou perda de 1,5% no lucro dos hotéis - foram, só 1,3% menos reservas, mas os viajantes economizaram em média US$ 57 por noite com quartos mais baratos.

  • Como ficou

    O lance do Airbnb foi mudar essa dependência de hotéis e ampliar as opções de hospedagem. As pessoas oferecem e buscam casas, quartos ou até só um sofá-cama, um barco, uma tenda. Um estudo do banco Morgan Stanley diz que 42% dos usuários do app já trocaram um hotel pela opção compartilhada. Hoje, são mais de 6 milhões de acomodações disponíveis no mundo, com mais de 500 milhões de pessoas usando as hospedagens listadas.

Das mensagens (e ligações) para o WhatsApp

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  • Como era...

    Se você tinha um celular, ou mandava um torpedos (SMS) ou ligava. As operadoras exploravam isso e vendiam pacotes (caros) de mensagens ou planos limitados de ligações e minutos. O WhatsApp é uma das principais razões para o corte de linhas no Brasil nos últimos anos --só em 2018, foram 7,2 milhões de linhas a menos. É uma queda constante há alguns anos.

  • Como ficou

    O WhatsApp nos libertou um pouco das operadoras e suas limitações. Com ele, podemos trocar mensagens o dia inteiro, mandar áudios e memes, fazer ligações em voz e vídeos e só gastar o pacote de dados (quando não há wi-fi). Quando veio a função de chamada de voz, em 2015, a média das chamadas das operadoras caiu de 134 para 111 minutos no primeiro trimestre logo após a novidade. Atualmente, 1,5 bilhão de pessoas usam o app no mundo.

Dos classificados para a internet

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  • Como era...

    Para vender ou comprar carros, imóveis e outros produtos, um dos jeitos mais fáceis eram os classificados de jornais. Vagas de empregos também costumavam aparecer nessas sessões. Entre 2015 e 2017, os principais jornais do Brasil reduziram em quase 520 mil o número de exemplares impressos, segundo o Instituto Verificador de Circulação (IVC).

  • Como ficou

    Sites como Mercado Livre e OLX ocuparam este espaço e ampliaram o leque de produtos oferecidos exponencialmente. Outros como Vagas.com, Catho, Indeed e LinkedIn passaram a oferecer vagas de empregos. A concorrência, por outro lado, aumentou. No último balanço, o Mercado Livre anunciou um faturamento líquido de US$ 473,8 milhões --60% disso vem do mercado brasileiro. A empresa tem mais de 200 milhões de usuários.

Da loja de revelação para o celular

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  • Como era...

    Você chegou a ter câmera com filme fotográfico? Aquele que limitava em 12, 24, 36 o número de fotos? Parece outra vida, mas não faz tanto tempo. Depois veio a câmera digital com cartão de memória, mas sabemos como isso acabou... A Kodak parou de fazer câmeras digitais em 2012 e entrou com pedido de falência, a Nikon parou de vender suas câmeras no Brasil em 2017 e a Canon previu queda de 50% no mercado de câmeras digitais para os próximos dois anos.

  • Como ficou

    Os celulares tornaram as câmeras não-profissionais desnecessárias. E, tirando quem tem um modelo com pouca memória, não precisamos mais nos preocupar com quantas fotos tiramos. Atualmente, os smartphones têm abertura variável, múltiplas lentes, desfoque de fundo, aperfeiçoamento por inteligência artificial, muitos megapixels e até zoom de 50x...

Da carta para o email (e para o WhatsApp)

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  • Como era...

    Do telegrama à carta, o nosso passado era de mensagens físicas. Além de depender de papel, caneta e correios, demorava dias ou semanas para a carta chegar ao destinatário. Em 2014, o número de cartas enviadas no Brasil foi 60% menor do que em 2001 --de 6,1 bilhões para 2,4 bilhões. Foi o menor valor registrado nos anos 2000, segundo a Folha de S.Paulo.

  • Como ficou

    Já faz tempo que o email substituiu muitas das funções da carta. Agora, até o email está ficando ultrapassado. Grande parte da comunicação também migrou para o WhatsApp e outros apps de conversa. Em grande parte, a até a escrita foi substituída pelo áudio. Segundo estatísticas do Radicati Group, metade da população mundial usa email e o número de emails enviados/recebidos será de 293 bilhões, em 2019.

Do mapa ao GPS para o Waze

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  • Como era...

    Antes de pegar estrada ou visitar um lugar desconhecido, a gente pegava um mapa nas mãos e estudava o trajeto. Se houvesse um acompanhante, ele virava o copiloto. Senão, tinha que parar por várias vezes e abrir o mapa para tentar se encontrar. Sim, isso é passado. O guia Quatro Rodas, principal mapa rodoviário brasileiro, acabou em 2015.

  • Como ficou

    Primeiro veio o GPS, que podia ser instalado nos carros e dava direções sem internet, mas era super caro. Depois, aplicativos como Google Maps e Waze ocuparam essa função. Atualmente, eles são os responsáveis por nos guiar para cima e para baixo até em caminhos que já manjamos. Só o Waze tem mais de 65 milhões de usuários ativos mensalmente no mundo.

Da TV para o YouTube

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  • Como era...

    A televisão foi uma das grandes inveções do século pássado, sem dúvidas. Mas a TV já não tem a mesma função e, em muitos casos, é substituível. Segundo a Anatel, a televisão paga teve queda de 3,6% no Brasil em 2017 e outros 3% em 2018, quando perdeu 549 mil assinantes. Já a Globo, principal emissora do Brasil, teve a pior média de audiência da história no primeiro trimestre deste ano.

  • Como ficou

    A revolução começou há 15 anos, com o Youtube, mas se consolida agora. Toda uma geração jovem cresceu consumindo conteúdos na plataforma e de youtubers. Hoje, 300 horas de vídeos são postadas ali por minuto e 5 bilhões de vídeos são vistos todos os dias. Os serviços de streaming também tiraram uma audiência crescente da televisão e tornam o aparelho dispensável para quem tem um celular.

Das agências bancárias para o app

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  • Como era...

    Para resolver algum problema com o banco, não tinha jeito: tinha de ir até a agência. Fazer depósitos ou transferências demandavam uma fila no caixa eletrônico ou físico, e o cliente poderia perder horas nesse processo. Por outro lado, golpes ou fraudes só ocorriam presencialmente. Segundo o Banco Central, um número recorde de 1,5 mil agências bancárias fecharam no Brasil só em 2017.

  • Como ficou

    Primeiro, o internet banking, depois, os aplicativos de bancos. Agora muitas das funções que demandavam idas a bancos físicos podem ser feitas online. O lado ruim é que agora somos mais expostos a golpes e fraudes no mundo virtual. O Banco Central aponta que até o fim de 2018 66% das transações bancárias eram feitas por internet banking, apps ou call center no país.

Sobe e desce

Todos os exemplos citados deixam claro que o que faz uma tecnologia ser revolucionária é sua capacidade de resolver problemas --os óbvios ou os que você nem sabia que tinha. Um jogo viciante (oi, Candy Crush) surgiu, por exemplo, para nos tirar do tédio de filas e fez seus idealizadores milionários.

Em alguns casos a solução tecnológica pode sofrer com picos de expectativas. Foi o caso das criptomoedas: o bitcoin chegou para ser o futuro das transações financeiras, mas hoje vive um cenário de desvalorização e descrença - causado pela especulação, mas também pelas poucas aplicações práticas atuais.

"A empolgação passou, entramos no 'vale de desilusão', diz Miceli. "Mas um tempo depois a tecnologia amadurece, as pessoas encontram aplicações e volta a ter uma subida, atingindo um platô de uso que pode não chegar no pico da expectativa inicial."

Então, nesses ciclos, fecha uma Blockbuster, mas surgem milhares de Ubers pelas ruas.

Fala-se muito sobre o fim dos postos de trabalho, mas a preocupação não deve ser o desemprego tecnológico, defende Laura Tyson. Economista da Universidade de Berkeley, ela disse em palestra na EmTech Digital, uma conferência anual sobre inteligência do "MIT Technology Review", que a qualidade dos empregos criados e os locais onde eles estão sendo criados que é o problema.

"Eu me preocupo pela desigualdade de renda", falou. Parte dessa mão de obra que adere aos apps para ganhar dinheiro, especialmente os motoristas e os entregadores, passa a viver em condições precárias de trabalho —e pode ser substituídas em breve pelos veículos sem motorista

Todo mundo começa a ter medo de ser 'uberizado'. Essa é a ideia de que você de repente acorda para descobrir que seu legado de negócios já era. Os clientes nunca estiveram tão confusos ou preocupados sobre suas marcas e seu modelo de negócios
Maurice Lévy, chefe do grupo Publicis, que cunhou a expressão "uberização", em 2014

Na outra ponta, são criados inúmeros empregos que pedem uma formação maior —como especialista em dados, engenheiros e afins. E a gente sabe que não é qualquer um que vai virar especialista em Big Data da noite para o dia.

"Na revolução industrial tivemos migrações do campo para indústria. Mas a necessidade de retreinamento do emprego agrícola para o fabril era relativamente pequena. Não veremos motoristas de táxi virando entendedores de machine learning. Essa migração de trabalhos requer um retreinamento muito grande, serão automações simultâneas em todos os setores da economia", diz Adriano Mussa, diretor e sócio da Saint Paul Escola de Negócios.

Duas letras mágicas: IA

Por trás da revolução que vivemos atualmente, estão duas letras mágicas: IA, que representam inteligência artificial. Sim, a revolução industrial causou um choque na sociedade e mudou muita coisa. Mas, na época, não de forma tão acelerada e devastadora como a inteligência artificial faz agora - e ainda fará nos próximos anos.

Os algoritmos existem há bastante tempo. A questão é que agora, dos últimos sete anos para cá, eles estão prontos para serem usados em massa.

É o combustível perfeito para a deep learning (parte do aprendizado de máquina que usa algoritmos e dados para criar representações)
Adriano Mussa, diretor e sócio da Saint Paul Escola de Negócios

Isso não é mentira: a Netflix te sugere séries, o Spotify recomenda playlists, a Uber organiza viagens em grupo... tudo usando dados, algoritmos e inteligência artificial. Do "um tamanho para todos" da revolução industrial para a personalização de agora. E uma coisa é clara: só estamos no começo dessa aceleração de adoção e descarte de tecnologias. Os próximos anos, com novas ondas de inteligência artificial, prometem muito mais - os carros autônomos, por exemplo, devem virar realidade na próxima década.

Sim, a fila andou. Mas ela andará muito mais nos próximos anos - e cada vez mais depressa.

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