'Baratinho', Galaxy M30 é feito para quem quer celular com bateria de sobra
Se você está à procura de um celular que não custe muito e seja bom para o dia a dia, o Galaxy M30, da Samsung, merece entrar na sua avaliação final de aparelhos. Testei o dispositivo por cerca de uma semana e me impressionei principalmente com a bateria, acima da média dos smartphones atuais.
Lançado em abril, o Galaxy M30 chegou custando R$ 1.499, mas já dá para ser encontrado na casa dos R$ 1.000, um preço bem atraente para o que ele representa. O diferencial da linha é que ela é vendida exclusivamente online —então é bom ficar de olho nessa análise, já que não terá a chance de mexer no smartphone em lojas.
Na prática, você pode esperar do M30 um celular com ótima baterias e câmeras decentes, mas apenas razoável principalmente em termos como desempenho. Abaixo, você entende um pouco mais sobre tudo isso.
Galaxy M30
Preço
R$ 1.499 (lançamento) R$ 999 (atual)Pontos Positivos
- Bateria excelente e que dura bastante
- Custo-benefício é bom após alguns meses do lançamento
Pontos Negativos
- Desempenho é mais lento do que gostaríamos
- Áudio estéreo não é muito bom
Veredito
O Galaxy M30 tem como grande destaque a bateria, mas sofre principalmente no desempenho. As câmeras são decentes e não fazem lá muitas maravilhas. Mas, se você está precisando de um aparelho apenas para o dia a dia e não se importa em ter a última tecnologia do mercado, o M30 é uma opção a ser avaliada.
O maior destaque do Galaxy M30 é a sua bateria. Ela tem 5.000 mAh, mas se você não acredita em número de especificações (está certo, por sinal) pode confiar que na prática o brinquedinho dura bem.
Eu estava com o smartphone no dia que uma passarela caiu na Marginal Tietê, em São Paulo, e fiquei ilhado no trânsito por várias horas na via. Logicamente, utilizei o celular ininterruptamente nesse momento de tédio: chequei redes sociais, usei WhatsApp, usei câmera, joguei games, vi vídeos. Das 16h (quando carreguei 100%) até 0h (quando cheguei ao destino), a bateria caiu menos de 50% mesmo com esse uso intenso.
Já em um dia comum de trabalho, em que uso o smartphone mais esporadicamente, eu voltei para casa com mais de 70% de energia sobrando —ao fim do dia, tinham de sobra cerca de 55%. É um número bem acima do que estou acostumado a ver em smartphones que testo.
Nos nossos testes, em que vemos um vídeo em looping até descarregar, o smartphone foi o terceiro que aguentou mais tempo no ano —atrás apenas do Moto G7 Power e do Galaxy Note 10+. Já o carregamento dele não é tão rápido como o de tops de linha: demora duas horas e 20 minutos para ir de 0% a 100%.
As câmeras do M30 podem ser consideradas apenas como "decentes" —nem ótimas e nem ruins. As fotos em condições ideais de iluminação saem boas e com uma qualidade legal, mas se o ambiente tem pouca luz ou iluminação estourada, já dá para perceber imagens piores.
A câmera traseira do M30 tem três lentes: uma principal de 13 MP, uma de profundidade de 5 MP e uma grande angular de 5 MP. As fotos com a câmera principal e com a grande angular ficam relativamente boas em ambientes com iluminação regular, mas podem sofrer um pouco dependendo do local. À noite, as imagens ficam bem medianas.
Eu acho muito bacana a possibilidade de alternar entre a lente principal e a grande angular, em que o ângulo da foto é ampliado —mesma solução vista em vários smartphones top de linha da atualidade. Esse é um dos grandes trunfos do M30 em relação a outros aparelhos do seu preço. A lente responsável pelo desfoque de fundo também é uma opção extra, mas não está no nível dos principais aparelhos da atualidade.
As imagens com a câmera frontal de 16 MP também seguem o mesmo padrão da câmera principal. Nesse caso, o desfoque da câmera frontal agradou mais e achei o recurso bem útil. Por outro lado, senti alguns problemas, de vez em quando, com a estabilização da câmera frontal —uma tremida na mão pode ocasionar imagens borradas. Veja mais fotos tiradas com o aparelho ao fim do texto.
O desempenho do Galaxy M30 deixa um pouco a desejar, mas é suficiente para quem não precisa de um celular extremamente potente. No meu uso, foram comuns algumas engasgadas e certa lentidão com o smartphone, em diversos aplicativos. O tempo de resposta é bem mais lento do que de celulares mais poderosos.
Mas, não houve nenhuma grande travada que prejudicasse o uso do celular. Para jogar games como Candy Crush, o M30 funciona perfeitamente. Em jogos mais pesados, como Wizard's Unite, rola uma lentidão um pouco maior. Para aquele uso diário, basta um pouco de paciência, já que a lentidão não impossibilita o uso do aparelho.
Em testes com os apps de medição de desempenho Geekbench e Antutu, o aparelho ficou à frente de celulares como a linha LG K12 e do Zenfone Max Pro M2, mas atrás de outros como Moto G7 Plus. É um celular na média para a sua faixa de preço.
A tela do smartphone tem a ótima qualidade Super Amoled, comum à maioria dos celulares da Samsung. Isso garante uma tela com bom brilho e contraste de cores, que agrada no uso diário e ao ver conteúdos em vídeo —as 6,4 polegadas de tamanho (16,2 cm) também são bem boas para esses momentos.
O que incomoda na tela é que o brilho adaptável —aquela função que regula o brilho automaticamente de acordo com o ambiente externo— não funciona muito bem. Tive que desligar isso e ficar mexendo na mão porque em vários momentos o brilho ficava muito baixo.
O M30 tem um design bacana, na linha da maioria dos aparelhos atuais. Na frente, há uma tela com um entalhe em gota no topo para a câmera frontal, o que garante uma boa proporção entre o corpo do aparelho e a tela.
Já na traseira, o design não é nada diferentão, mas tem uma simplicidade que agrada. A parte de trás também não pega muitas marcas de dedo como outros celulares com uma composição maior de vidro na traseira.
O tamanho enorme dele prejudica um pouco a usabilidade. Ele é complicadinho de usar só com uma das mãos, mas por outro lado, o celular é leve isso ajuda um pouco.
O M30 vem com um desbloqueio por digital na traseira, o que é uma posição ingrata e que eu não curto usar. Por isso, escolhi o reconhecimento facial. Essa opção é menos segura do que a usada em celulares top de linha como o iPhone e tem um defeito grande: não funciona em ambientes escuros. Nesse ponto, o M30 não foi tão útil.
Pelo preço atual na casa dos R$ 1.000, o Galaxy M30 é um celular que vale a pena. É claro que ele sofre principalmente no desempenho. As câmeras também são razoáveis e não fazem lá muitas maravilhas.
Mas, se você está precisando de um aparelho apenas para o dia a dia e não se importa em ter a última tecnologia do mercado, o M30 é uma opção a ser avaliada. Ele tem um design bacana, uma tela legal para ver vídeos e, melhor ainda, uma bateria que pode aguentar até dois dias de uso moderado. Um possível rival seu é o LG K12 Max, mas este tem uma bateria inferior (3.500 mAh, contra 5.000 mAh do modelo do Samsung) e tela idem (HD+, contra o Full HD+ do M30)
Sistema Operacional
Android 9
Dimensões
159 x 75.1 x 8.5 mm
Resistência à água
Não
Cor
Preto ou azul
Preço
R$ 999
Tipo
Super Amoled
Tamanho
6,4 polegadas
Resolução
Full HD+
Câmera Frontal
16 MP
Câmera Traseira
13 MP + 5 MP + 5 MP
Processador
Exynos 7 octacore 7904
Armazenamento
64 GB
Memória
4 GB
Bateria
5.000 mAh
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