Misto de PC e videogame, ROG Ally roda jogo pesadão, mas derrapa na bateria
René Ribeiro
Colaboração para Tilt, de São Paulo
30/10/2023 04h02
O Rog Ally, da Asus, é uma síntese entre o mundo dos videogames e o dos PCs. De cara, a impressão é ter nas mãos o Nintendo Switch, mas com os controles integrados. Ao ligar, você entende logo que se trata de um computador com Windows 11.
Ok, temos um PC do tamanho de um videogame portátil e controles ao estilo do Xbox acoplados nos cantos. Mas será que é legal mesmo? Acompanhe o review e saiba se é para você.
Asus ROG Ally
Preço
R$ 6.2995,0
5,0
5,0
4,0
5,0
2,0
4,0
5,0
3,0
Pontos Positivos
- Excelente qualidade de áudio
- Confortável para segurar
- Gabinete e controles muito robustos
- Tela brilhante, cores vivas, alta definição
- Alto desempenho
Pontos Negativos
- Experiência para digitar na tela com Windows sem customização é frustrante
- Bateria suporta pouco tempo de uso com jogos
Veredito
Com alto desempenho e ótima tela, o ROG Ally é ótimo para quem quer ter algo parecido com PC portátil pronto para ligar e sair jogando. Antes de comprar, é bom considerar o seguinte: quem tem pouca intimidade com configurações básicas do Windows vai ficar um pouco frustrado, porque terá de gastar algum tempo para instalar as plataformas de jogos e fazer ajustes. Outro problema é a baixa autonomia da bateria, que obriga o jogador a procurar uma tomada em menos de duas horas. Se isso não for um grande incômodo, vá em frente. O ROG Ally oferece uma ótima experiência.
O Rog Ally é robusto e tem design cuidadosamente trabalhado: feito de plástico, é muito denso e resistente e ainda possui belos detalhes.
O chassi é trabalhado para não escorregar das mãos. Botões e controles são posicionados para oferecer conforto durante os jogos. A iluminação sob os dois joysticks analógicos produz um bonito efeito. É ótimo de segurar graças ao seu peso leve e distribuição uniforme de peso. O ROG Ally tem 28 cm de comprimento, 11,1 cm de altura e 2,1 cm de largura. Pesa 608 g.
Na borda superior, estão os botões de liga/desliga e volume, uma porta USB-C, um leitor de cartão mini SD, entrada para fone de ouvido e uma porta PCIe para conectar à GPU externa ROG XG Mobile, que não está à venda oficialmente no Brasil). Há também saídas de ar na parte superior. Na parte traseira, há dois botões e entradas de ar para as ventoinhas refrigerarem o hardware.
O ROG Ally tem uma tela de 7 polegadas e taxa de atualização de 120 Hz. A resolução Full HD (1920 x 1080) faz diferença: os jogos ficam muito nítidos.
Ao jogar "Rise of the Tomb Raider", "Wolfenstein II: The New Colossus" e "Metro Exodus", games repletos de detalhes gráficos, era possível ver objetos distantes tão bem quanto aqueles mais próximos.
E olhe que "Metro Exodus" tem ambientes gigantes e é densamente povoado por mutantes. Tudo que está na tela é crucial para o jogador enxergar locais onde se esconder ou encontrar objetos para sobreviver.
A tela sensível ao toque é útil, já que é preciso digitar senhas, nomes de usuários e outras informações exigidas pelos jogos. Por ter ótimo brilho e exibir cores vibrantes, a tela do ROG Ally é de longe um dos melhores recursos deste híbrido portátil.
A configuração é de muito respeito: processador AMD Ryzen Z1 Extreme com GPU de alta performance, 16 GB de RAM, 512 GB de armazenamento - com direito a slot para micro SD que expande a memória. Esse aspecto não é um detalhe menos importante, porque ele roda jogos pesados. Cada um tem cerca de 80 GB.
Embora a tela do ROG Ally impressione, usar o Windows em um display pequeno atrapalha um pouco, devido ao tamanho das letras. Contornável na hora de jogar, é irritante quando você tem de digitar. Seria perfeito se a Asus modificasse a interface para digitação.
Já jogar "Rise of the Tomb Rider", "Wolfenstein II: The New Colossus" e "Metro Exodus" foi muito fluido, sem nenhum lag. Em cenas mais movimentadas, com muitos elementos e na configuração máxima de gráficos, a coisa não rodava tão bem. Resolveu reduzir a exibição dos detalhes.
Encontrar outros games é coisa fácil. O software Armory Crate é um hub da Asus que abriga todas as plataformas de jogos, como Steam, Origin e Epic.
Os controles e botões são muito robustos para aguentar o tranco em partidas tensas e cheias de ação.
Se você estiver se perguntando se é possível ligar o ROG Ally em uma TV, saiba que a resposta é "sim". Só é preciso ter um cabo USB-C / HDMI. Parear um controle de Xbox por meio de Bluetooth é outra opção para tornar a jogatina mais imersiva.
A duração da bateria é o ponto bem fraco do ROG Ally. Apesar de a Asus anunciar que a autonomia vai de 6 a 9 horas, não cheguei nem perto disso durante os testes. Talvez se eu usasse o aparelho só para assistir YouTube ou Netflix. Durante os jogos, ele aguentou 1 hora e 50 minutos no máximo.
É parecido com o que acontece com notebooks gamers. A sobrevida da bateria não foi ampliada nem quando a frequência da tela foi reduzida de 120 Hz para 60 Hz.
No Brasil, o ROG Ally, da Asus, custa R$ 6.299. Ele traz uma configuração de respeito, com tela de 7 polegadas de ótima definição e cores, além dos controles de videogame embutidos que, diga-se de passagem, aguentam o tranco de partidas cheias de ação. Adicione o suporte oficial do Xbox para PC, e o ROG Ally é capaz de rodar várias plataformas de jogos streaming. Como ele usa um Windows sem customização para telas pequenas, fica difícil digitar senhas ou fazer qualquer outra configuração. Seria legal ter uma interface customizada para isso.
-
Sistema Operacional
-
Windows 11 Single Language
-
Dimensões
-
280 x 111 x 21,2 mm peso: 608 gramas
-
Cor
-
Branca
-
Preço
-
R$ 6.299
-
Tipo
-
LCD IPS
-
Tamanho
-
7 polegadas; 16:9
-
Resolução
-
FHD (1920 x 1080)
-
Processador
-
AMD Z1 EXTREME Z1 3,3 GHz, 16 MB; GPU AMD Radeon Graphics RDNA
-
Armazenamento
-
16 GB
-
Memória
-
512 GB (com slot micro SD para expansão)
-
Bateria
-
40 Wh (carregador de 65 watts)