Moto G53 é um celular 'menos é mais' que atrai com seu recurso antiladrão

Guilherme Tagiaroli

De Tilt, em São Paulo

31/03/2023 04h00

O recém-lançado Motorola G53 segue a tendência da linha de oferecer bons recursos a um preço não tão alto, e com isso tentar fortalecer seu espaço entre celulares intermediários diante dos 10 anos de existência da família Moto G.

O 5G é um destaque, mas não só isso. O telefone tem soluções de segurança para aumentar a proteção dos usuários e complicar a vida de quem roubar um celular da marca. O lado ruim é que o desempenho deixa a desejar em games mais pesados.

Confira a seguir o review completo.

Moto G53 5G

Preço

R$ 1.899 R$ 1.529 (valor consultado em 29/03/2023) Comprar

TILT

3,3 /5

USUÁRIOS

ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

Pontos Positivos

Acabamento fosco, lembra acrílico, dá um ar premium
Bateria aguenta fácil até um dia e meio longe da tomada
Truques de segurança que dificultam a vida do ladrão
Estável e com desempenho bom na maioria dos apps

Pontos Negativos

Vem com uma série de apps já pré-instalados
Não vem capinha (Motorola inclui em quase todos os modelos)
Fica mais lento em aplicações que exigem mais processamento, como jogos

Veredito

Moto G53 é uma boa pedida para quem quer um telefone funcional, visual bacana e não quer gastar tanto. O destaque mais útil é para a função Moto Secure, que reúne vários recursos de segurança. As câmeras dele são ok, fazem fotos dentro da média.

Ao comprar pelo nosso link, ganhamos uma comissão, mas você não paga a mais por isso.

O jeitão do Moto G53 é semelhante ao do Moto Edge 30 Fusion. Isso é bom, pois a empresa claramente está caprichando mais no visual do dispositivo de sua linha intermediária.

Em vez de plástico levinho na traseira, o material da vez parece ser acrílico com um acabamento fosco - nos tops de linha da marca é vidro mesmo. Além de dar um acabamento premium, isso evita que fiquem marcas de dedo ao tocar no aparelho.

Por outro lado, a parte traseira é levemente escorregadia. Não chega a ser um "sabonete", pois a lateral tem uma boa aderência à mão. Mas se você for muito estabanado, vale considerar uma capinha.

Ele está um pouco mais pesado comparado com seu antecessor: o Moto G52 pesa 169 gramas, enquanto o Moto G53, 183 gramas. Parece pouco, mas faz bastante diferença carregá-lo no bolso.

Diferentemente dos celulares mais sofisticados da marca, o Moto G53 tem além da porta USB-C uma entrada de fone de ouvido convencional. É uma boa para quem quer aproveitar o fone de ouvido que tem em casa.

Um ponto negativo é que a caixa dos Motorola, que costumava ser a mais completa entre os concorrentes, agora vem com itens a menos: com o lançamento você recebe o carregador (cabo e adaptador para a tomada), mas não vem a tradicional capinha protetora.

Para um celular de gama intermediária, o Moto G53 tem uma tela de 6,5 polegadas (cerca de 16,5 cm) com resolução HD+ muito boa.

Além de bom nível de brilho, ela conta com taxa de atualização de 120Hz. Isso quer dizer que a tela "atualiza" 120 vezes por segundo, e isso faz com que a qualidade do vídeo seja melhor e que jogos de ação sejam mais imersivos.

O processador Snapdragon 480+ não está entre os mais sofisticados feitos pela Qualcomm. De qualquer jeito, ele não me deixou na mão na abertura dos principais apps do dia a dia (como Instagram, Spotify e TikTok, por exemplo), nem no processamento de imagens na hora de tirar foto.

A situação começa a complicar em games mais sofisticados. No de corrida Asphalt 9, em momentos de ação (como batidas ou ultrapassagem de veículos), observei leves travamentos. Eles não chegam a comprometer totalmente a experiência, mas são notáveis - parece que cenas do jogo são levemente picotadas.

Um conselho: fique nos jogos casuais mais simples, pois há menos risco de travamentos.

Fora isso, o sistema Android 13 roda bem e os 4 GB de RAM - por mais que pareça pouca memória nos dias atuais - são suficientes para as tarefas do dia a dia.

Um ponto que incomodou foi a presença de bloatwares (apps pré-instalados que costumam ajudar a marca a subsidiar o preço do telefone). Tem Kwai, Farm Heroes e Booking.com, por exemplo. Ao menos, é fácil desinstalá-los.

A Motorola parece apostar no menos é mais. Se há alguns anos, os Moto G tinham múltiplas câmeras, chegando a até quatro na traseira, o Moto G53 conta com apenas duas:

50 MP (principal)
2 MP (macro; para objetos aproximados)

Apesar do sensor de 50 megapixels, o padrão das fotos é de 12,5 megapixels. O celular capta uma imagem gigante e junta os pixels para que fiquem com definição melhor e também não ocupem tanto espaço.

Durante o dia, as imagens registradas pelo sensor principal saem boas. Graças à ajuda de inteligência artificial, as fotos têm alto nível de contraste e definição. Tirar fotos de paisagens ou mesmo no modo retrato de pessoas resultou em cliques bacanas durante a minha experiência.