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Moto G82: com boa pegada e bateria gigante, este é o melhor Moto G até hoje

Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Guilherme Tagiaroli

De TIlt, em São Paulo

21/09/2022 04h00

Se tem uma coisa que a Motorola sabe fazer é Moto G, sua linha intermediária. Neste ano, já foram uns cinco, e a empresa tenta preencher necessidades para diferentes bolsos e estilos de vida.

Eu diria que o Moto G82 é o top de linha dos Moto G — a ponto de ficar próximo dos Moto Edge, a linha top da marca. Ele é 5G, tem câmera de 50 megapixels, bateria de 5.000 mAh (que aguenta um dia e mais um pouco) e um bom acabamento, além de contar com fone de ouvido, carregador e capinha já na caixa.

Por outro lado, o processador é o Snapdragon 695, de gama intermediária, e as fotos noturnas são apenas satisfatórias. (A empresa tem melhorado neste quesito, mas se você quiser mesmo imagens boas em más condições de luz, precisa de um celular premium da fabricante.)

Detalhes à parte, abaixo descrevo como foi usar o Moto G82 nos últimos dias.

Moto G82

Preço

R$ 2.999 R$ 1.949 (Amazon - 20/09/2022) Comprar
TILT
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ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

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Pontos Positivos

  • Câmera tem estabilização óptica, o que ajuda na captura de vídeos
  • Bateria gigante para um dia inteiro e pouquinho
  • Telefone leve e bem ergonômico (traseira se encaixa bem na mão)

Pontos Negativos

  • Brilho da tela não é muito forte
  • Processador poderia ser um pouco melhor
  • Traseira acumula marcas de dedo (capinha resolve, se isso for um problema)

Veredito

Moto G82 é um ótimo celular de gama intermediária. Ele é um smartphone para quem já está na família Moto G e quer mais desempenho. Além de ergonômico, tem câmeras aprimoradas, inclusive com estabilização óptica. Caixa inclui carregador de 33W, fone de ouvido e capinha -- um dos melhores kits entre as fabricantes. Como ponto negativo, o desempenho é apenas ok e a tela não brilha muito.

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Você abre a caixa do Moto G82 e sente um perfume. A marca tem incluído uma fragrância que quer passar a ideia de "telefone novo". Lá dentro, vem um kit à moda antiga: fone de ouvido, capinha, carregador de 33 W e um cabo USB-A e USB-C.

A lateral é em liga metálica, enquanto a traseira parece ser um material acrílico resistente e bem leve. Na cor preta, usada no teste, ficavam algumas marcas de dedo ao manuseá-lo. Não chega a ser um problema: basta colocar a capinha transparente inclusa.

O que mais me impressionou no Moto G82, no entanto, foi a ergonomia. Ele tem uma leve curvatura na traseira que ajuda o telefone a se encaixar perfeitamente na mão. E não, a curvatura não o deixa "bambo" na mesa porque o módulo de câmera ajuda a estabilizá-lo.

O sensor de biometria fica na lateral, e ele também serve como botão para ligar e desligar. Um pouco mais acima, os botões de controle de volume são bem discretos. O conjunto fica mais elegante, mas muitas vezes me confundi: em vez de abaixar o volume, "bloqueei" o celular. Com o tempo, deu para ir pegando o jeito e errar menos.

Lateral do Moto G82 Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Ah, vale lembrar que a linha Moto G tem ainda a entrada convencional para fone de ouvido e uma porta USB-C. O bom é que qualquer fone que você tiver vai funcionar. O lado ruim é que o telefone não tem proteção contra imersão na água.

Parte debaixo do Moto G82; celular tem entrada convencional de fone de ouvido e porta USB-C Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Tela do Moto G82 Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

A tela de 6,6 polegadas (16,7 cm na diagonal) tem resolução FullHD e taxa de atualização de até 120 Hz, o que é uma boa para jogar games com muita ação.

O display pOLED dá conta do recado. Ele consiste numa tela OLED (com pequenos pontos que se autoiluminam) só que envolta em plástico, o que torna a fabricação menos cara que as outras (cujo material costuma ser vidro).

Tela do Moto G82 com página web aberta Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Ver vídeos no YouTube foi tranquilo. A única questão é que o brilho não é super forte, podendo chegar na casa dos 650 nits (medida de luminescência). A título de comparação, a tela do Moto Edge 30 tem cerca de 1.000 nits e alguns tops de linha chegam até a 2.000 nits. O efeito prático disso pode ser menos visibilidade em dias de muito sol.

O Moto G82 tem processador Snapdragon 695, de gama intermediária, e 6 GB de RAM. Durante meu uso, não chegou a travar nenhuma vez, seja em jogos ou abrindo apps sociais, como Instagram, Twitter ou TikTok.

A única questão é que, antes de usar o Moto G82, estava mexendo no Z Fold 4, que tem processador Snapdragon 8+ Gen1, o mais sofisticado do mercado. Então, comparado com o modelo top de linha dobrável da Samsung, obviamente havia uma pequena lentidão ao abrir apps. Mas nada muito significativo: alguns poucos segundos. Quem sempre teve celulares de gama intermediária não deve sentir muito; mas para quem vem de um top de linha, a diferença é perceptível.

O tempo de abertura é um pouco maior também nos jogos pesados, mas os gráficos são bem representados e não há grande lag (atraso) entre comando e execução.

A bateria é de 5.000 mAh, o que dá carga para um dia inteiro e ainda sobra bem para o dia seguinte. (A tela não tão brilhante acaba ajudando nessa economia).

Em um dia normal, tirava o aparelho da tomada com 100% por volta das 6h30 e ele só mostrava sinais de cansaço próximo às 23h, com 30% de carga. E era um dia de uso intenso, inclusive utilizando só rede móvel. Nos dias que trabalhava de casa, com wi-fi, o Moto G82 chegava na hora de domir com 50% de bateria.

O carregador de 33W faz de 15% a 80% em cerca de 40 minutos, uma boa velocidade de carga. Cerca de 30 minutos na tomada já oferece uma boa autonomia (contanto que ele não seja plugado com pouquíssima energia).

Câmeras do Moto G82 Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

É um telefone de gama intermediária, mas seu conjunto de câmeras merece respeito. Na traseira, são três:

  • 50 MP principal OIS (com estabilização óptica)
  • 8 MP ultra-wide e profundidade (para fotos de ângulo bem aberto e para auxiliar em imagens no modo retrato)
  • 2 MP macro (para tirar fotos bem de perto)

O sensor principal usa tecnologia quad-pixel. Então, ele tira uma fotona de 50 megapixels e junta quatro pixels em um para obter mais detalhes da imagem. No fim, isso resulta em uma imagem de 12,5 megapixels de ótima qualidade - acredite, isso é uma boa, pois uma foto com 12,5 megapixels tem 9 MB, enquanto uma de 50 megapixels tem quase 40 MB.

Na prática, em imagens com boa iluminação, as paisagens saem lindas, com ótimo contraste de cores. Com má ou baixa iluminação, o resultado é bom, mas não tem tantos detalhes.

Uma das adições mais legais é a estabilização óptica no sensor principal. Além de ajudar a estabilizar em fotos noturnas, vídeos em movimento (tipo gravando e andando) ficam menos tremidos.

Ainda para quem curte gravar vídeos, há um modo de captura dupla de câmera. Dessa forma, dá para gravar com a câmera traseira e a frontal ao mesmo tempo. A ideia é para quem curte "blogueirar" ou quer captar, por exemplo, a reação de uma pessoa ao mesmo tempo que grava a si mesmo.

Fotor tiradas com o Moto G82

Por fim, a câmera selfie de 16 megapixels tem ótima qualidade. No modo retrato, as imagens ficaram muito boas e com bom nível de desfoque do fundo.

Detalhe da câmera traseira do Moto G82 Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

O Moto G82 parece ser, até o momento, o Moto G top de linha. Tem carregamento rápido, boas câmeras e ótima capacidade de bateria. Na loja da Motorola, o preço sugerido é de R$ 2.199 (ou R$ 1.979,10 à vista); no varejo é possível achá-lo por cerca de R$ 1.800 à vista.

Na minha cabeça, ele é um celular para quem não abre mão de conveniência e não precisa de um modelo top de linha (convenhamos: smartphones intermediários cumprem bem a maioria das principais funções). A Motorola ainda garante duas atualizações de Android (mas marcas como Samsung conseguem até quatro em alguns modelos).

Quem tiver mais grana no orçamento, pode tentar se arriscar com um modelo menor da Motorola, o Moto Edge 30, que tem processador superior, bateria menor e é super fino. Ele é achado no varejo por cerca de R$ 2.500 (no site da Motorola, R$ 3.500).

Da concorrência, a Samsung tem o Galaxy A53, que tem ótimas câmeras, garantia de quatro atualizações do Android e um visual bem bonito. No varejo, sai por cerca de R$ 1.900.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Especificações técnicas
  • Sistema Operacional

  • Android 12

  • Dimensões

  • 160,9 x 74,5 x 7,99; 173 gramas

  • Resistência à água

  • Não

  • Cor

  • preto e branco

Tela
  • Tipo

  • pOLED

  • Tamanho

  • 6,6 polegadas

  • Resolução

  • FullHD (1080 x 2400)

Câmera
  • Câmera Frontal

  • 16 MP

  • Câmera Traseira

  • 50 MP + 8 MP + 2 MP

Dados técnicos
  • Processador

  • Snapdragon 695

  • Armazenamento

  • 128 GB

  • Memória

  • 6 GB de RAM

  • Bateria

  • 5.000 mAh

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