Testamos Razr 40, dobrável de entrada da Motorola, e ele está em oferta
Guilherme Tagiaroli
De Tilt, em São Paulo
18/01/2024 04h00
Moto Razr 40, com tela externa pequena, é o irmão mais novo do Razr 40 Ultra (de tela externa grande). Ele chegou ao mercado brasileiro nem meados do ano passado, por R$ 5.499, e agora já pode ser encontrado por R$ 3.489. Uma boa oportunidade para quem quer ter um celular dobrável sem pagar muito.
De cara, ele tem bom desempenho e é bonito, com um revestimento sintético que lembra couro. O conjunto de câmeras é apenas ok, mas se você tem aversão a telefones gigantes e quer entrar no mundo dos "flip" (que abrem na vertical e ficam bem pequenos quando dobrados), vale a pena considerá-lo.
Veja a seguir a análise completa do Moto Razr 40.
Moto Razr 40
Preço
de R$ 5.499 por R$ 3.489 Comprar4,0
5,0
3,0
4,0
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4,0
5,0
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4,0
Pontos Positivos
- Celular compacto e fino, mesmo fechado (dobrado)
- Bateria é a maior da categoria flip
- Couro vegano dá aspecto premium
Pontos Negativos
- Movimentar celular em gravação de vídeo faz um 'borrão' temporário na imagem
- Câmeras poderiam ser melhores
Veredito
Razr 40 é uma versão do celular dobrável flip da Motorola com tela externa menor. Na prática, a telinha ajuda a pré-visualizar fotos, checar notificações e acionar ou desativar alguns recursos. Celular tem bom desempenho e conjunto de câmeras satisfatório. É uma boa opção para quem busca um aparelho mais compacto e estiloso. Preço caiu e pode ajudar a popularizar a categoria.
Como o Razr 40 Ultra, o Razr 40 fecha completamente. Pode parecer uma característica boba, mas até então os smartphones flip ficavam levemente abertos próximos à dobradiça. Esse espaço poderia facilitar o acesso de itens pontiagudos, como chave dentro de um bolso, e arruinar o display, além de acumular poeira e entrar água.
Por fora, o Razr 40 é revestido de "vegan leather", um material sintético que lembra couro e também está presente no Moto Edge 40. Além de dar um visual sofisticado ao telefone, ajuda a melhorar a "pegada" do telefone.
Impressiona o fato de ele ser super leve (188 gramas) e caber em praticamente qualquer lugar quando dobrado, como bolsos e até uma pasta.
Durante meu tempo de uso, o público que ficou mais atraído por ele foram as mulheres. Roupas masculinas costumam ter bolsos grandes, então ter um telefone convencional de telona não atrapalha tanto os homens. Mas para o público feminino a situação é diferente, e um celular compacto se mostrou de grande apelo entre amigas e familiares que mexeram no aparelho.
A tela externa de 1,9 polegada (4,83 cm) é bem parecida com a empregada pelo Z Flip 4, da Samsung, no ano passado. A ideia dela é agilizar algumas tarefas simples, como:
- checar hora
- ler ou dispensar SMS e notificações
- ver próximo compromisso do calendário
- ativar/desativar wi-fi, bluetooth e outras funções
- controlar player de música
- pré-visualizar foto
Nada comparado ao telão do Razr 40 Ultra, mas já é uma mão na roda — nem precisa abrir o telefone para acessos rápidos.
Como todos dobráveis flips, ao abrir o Razr 40 completamente, você se depara com um telão de 6,9 polegadas (17,53 cm na diagonal), com um vinco no meio. Apesar de não muito profundo, é uma das primeiras coisas que as pessoas notam ao mexer.
Muita gente me perguntou se dá a impressão que a tela vai rachar com o tempo. Mas, ainda que tenha ficado com ele por pouco mais de uma semana, o celular pareceu bem firme e deve suportar milhares de dobras.
Por dentro, o Razr 40 pode ser considerado um intermediário. Ele vem com o chip Snapdragon 7 Gen 1, do ano passado, e tem 8 GB de memória RAM. Na prática, exerce muito bem a maioria das funções do dia a dia.
O celular aguenta rodar jogos mais pesados — como Asphalt 9 —, mas apresenta em leves travamentos em momentos de ação intensa. Em games casuais — como Stack e Temple Run —, o celular roda de forma bem mais fluida.
Como outros celulares atuais da Motorola, ele vem com o Moto Secure — um pacote de segurança que dificulta a vida do ladrão. Dá para configurar uma pasta segura com apps sensíveis (como de banco) ou até mesmo ter o PIN embaralhado, para evitar que bisbilhoteiros consigam decorar sua senha numérica.
O conjunto de câmeras é ok, mas não é sensacional. Na traseira (pense no telefone aberto, ou seja, é a face em que está a telinha), há dois sensores de 64 MP com estabilização óptica (principal) + 13 MP (wide e macro). É com essas câmeras que você tira foto quando o celular está fechado.
Em locais bem iluminados, as imagens saem lindas, com boa saturação e nível de cor correto — sem grandes exageros proporcionados por algoritmos. Em cenas noturnas, é necessário ficar bem parado para ter bons resultados.
Fotos tiradas com o moto razr 40
Para os vídeos, vale o mesmo critério: em locais com boa iluminação, as gravações saem bem boas. Apesar de ter estabilização óptica, ao fazer algum movimento com a câmera, você perceberá um leve tremor no vídeo.
A câmera selfie de 32 MP tem qualidade satisfatória, mas a real é que na maioria das vezes você deve usar a dupla de sensores de 64 MP e 13 MP (traseiros) para fazer os autorretratos, com o celular fechado e auxílio da telinha.
Com 4.200 mAh, o Razr 40 é o dobrável com maior capacidade de bateria do mercado (o concorrente Z Flip 4, da Samsung, tem 3.700).
Na prática, a carga dura quase o dia todo. Consegui utilizá-lo das 6h30, ao sair para trabalhar, até umas 20h, quando o celular costumava marcar cerca de 10%. Neste período de 14 horas, usei bastante o Instagram, X e Spotify. Na maior parte das vezes, fiquei conectado ao wi-fi — a exceção foi minha locomoção de e para casa, além do almoço.
Infelizmente, não dá para esperar grande autonomia de dobráveis, pois uma das prerrogativas é serem compactos (e bateria é um item que ocupa bastante espaço no corpo do telefone). O lado bom é que o Razr 40 vem com um carregador rápido de 33W, então ele vai de 0 a 100% em pouco mais de 1 hora de carga na tomada.
O ramo de celulares dobráveis é relativamente novo. E, dentro deste nicho, eu diria que o Razr 40 é um dobrável "de entrada" — apesar de ter especificações de um telefone de gama intermediária.
Ele vai resolver a vida de quem quer praticidade (dobrado, não é muito grosso e cabe no bolso da maioria das calças) e gosta de tirar selfies legais. Sem contar que é algo diferentão de se ter. Ou seja, uma boa porta de entrada para o mundo dos dobráveis, que ainda está em evolução.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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Sistema Operacional
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Android 13
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Dimensões
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170,8 x 74 x 7 mm (aberto) e 88,42 x 73,95 x 15,1 mm (fechado)
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Resistência à água
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Não
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Cor
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branco, roxo e verde
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Preço
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R$ 5.499 (a prazo) ou R$ 4.949,10 (a vista)
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Tipo
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pOLED
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Tamanho
-
6,9 polegadas (aberto)/1,9 polegada (externa)
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Resolução
-
FHD+ (1080 x 2640)
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Câmera Frontal
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32 MP
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Câmera Traseira
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64 MP com estabilização óptica (principal) + 13 MP (wide e macro)
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Processador
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Snapdragon 7 Gen 1 (octa-core de 2,4 GHz)
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Armazenamento
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256 GB
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Memória
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8 GB
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Bateria
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4.200 mAh