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Realme 7 Pro aposta no carregamento rápido, mas desempenho deixa a desejar

Smartphone Realme 7 Pro Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Guilherme Tagiaroli

De Tilt, em São Paulo

31/03/2021 04h00

Após alguns atrasos, a fabricante chinesa Realme finalmente chegou ao mercado brasileiro no início de 2021, e seu cartão de visita por aqui foi o Realme 7 Pro, um celular intermediário com alguns recursos avançados.

De cara, o destaque dele é o carregador de 65W, um dos mais potentes disponíveis no Brasil, que vai de 0% a 100% em 35 minutos, quando a maioria dos telefones leva pelo menos uma hora para ser carregado. Fora isso, o Realme 7 Pro tem um visual bacana e um bom conjunto de câmeras, mas apresentou algumas poucas falhas de desempenho.

Quer saber se o Realme 7 Pro vale a pena? Acompanhe abaixo nossa análise completa.

Realme 7 Pro

Preço

R$ 3.000 - Preço de lançamento R$ 2.032,19 - Preço em 31/03/2021 Comprar
TILT
3,8 /5
ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

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Pontos Positivos

  • Tem entrada para fone de ouvido
  • Vem com capinha transparente
  • Bom conjunto de câmeras
  • Carregamento total do celular em 35 minutos

Pontos Negativos

  • Desbloqueio digital sob a tela não é muito preciso
  • Acabamento em plástico na traseira
  • Apresentou travamentos (atualizações posteriores tornaram celular mais estável)
  • Não tem 5G, só 4G; mas é algo que só terá impacto quando a quinta geração chegar ao Brasil

Veredito

É um bom aparelho intermediário para quem odeia esperar o telefone carregar e com bom hardware. De negativo, fica a falta de 5G (que deve fazer diferença só no futuro, quando o recurso chegar ao Brasil) e os travamentos apresentados, que foram reduzidos com atualizações de software.

O UOL pode receber uma parcela das vendas pelo link de compra recomendado neste conteúdo. Preços e ofertas da loja não influenciam os critérios de escolha editorial.

Não há grandes novidades no design do aparelho. Ele conta com um furinho na frente para a câmera selfie e tem bordas pequenas —o suficiente para não causar toques involuntários ou que atrapalhe a pegada dele.

Na traseira é que as coisas ficam um pouco mais interessantes. O modelo testado é de cor prata em um tom azulado. Ainda que o material seja plástico, este acabamento dá uma impressão de um celular mais caprichado. Há ainda um pequeno recorte com o nome da marca em cinza. Nada muito chamativo.

Detalhe da traseira do celular Realme 7 Pro em que aparece o nome da marca "Realme" na parte de baixo do smartphone Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Para quem se preocupa com som, ele tem dois alto-falantes. Um na parte de baixo do corpo do celular e outro menor, na parte de cima, perto da câmera, o que resulta num áudio bem límpido e alto.

O interessante dele é que além de ter uma porta USB-C, por onde é carregado, o Realme 7 Pro conta com uma entrada convencional de fone de ouvido. Isso é uma beleza para quem quer usar as opções que já têm em casa. Vale lembrar que a caixa do aparelho não vem com um fone.

Detalhe da parte de baixo do smartphone Realme 7 Pro Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

A tela de 6,4 polegadas (16,3 cm) com iluminação Amoled e resolução alta Full HD (1.080 pixels x 2.040 pixels) é mais do que suficiente para assistir a vídeos na Netflix ou no YouTube. Além disso, não é nenhum problema em visualizá-lo sob forte sol, pois conta com um brilho alto.

Detalhe da câmera selfie e alto-falante do Realme 7 Pro Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Como muitos celulares recentes, vem com um sensor biométrico sob a tela. A precisão é satisfatória, mas ainda não é das melhores; se o dedo estiver sujo ou um pouco suado, não rola. A Realme também sugere um sistema de reconhecimento facial que quebra um galho quando a digital não é detectada.

O Realme 7 Pro tem um bom conjunto de hardware com 8 GB de RAM e processador Snapdragon 720G, um chip intermediário com alguns recursos gamers. São vantagens para o sistema rodar sem grandes travamentos e com games pouco complexos. Mas e na prática?

Em quase um mês de uso, o smartphone rodou de forma satisfatória games como "FreeFire" e "Asphalt 9" --neste último jogo, de corrida, havia alguns pequenos travamentos em momentos de muita ação. Atrapalhava a experiência? Um pouco. Isso fez me jogar menos? Não. Talvez seja a pandemia, mas os engasgos no processamento de imagens não me incomodaram muito.

Booyah! Durante os testes, consegui sobreviver no jogo FreeFire em que vários jogadores vão para uma ilha e o último que sobreviver ganha Imagem: Reprodução

Em redes sociais como Twitter, WhatsApp e Instagram, senti instabilidade nas primeiras semanas de uso. Às vezes, abria o link de uma notícia em algum desses apps e, do nada, fechava. Com o tempo, a Realme liberou atualizações de sistema que consertaram o problema, diminuindo muito as interrupções.

Sobre a interface, o Realme 7 Pro vem com o Android 10 com a interface RealmeUI. Ainda que tenha tido os problemas citados acima, o sistema é bem limpo, sem muitos apps extras.

Com apelo para o público jovem, a Realme investiu em um conjunto de câmeras honesto para o 7 Pro. O sensor principal é de 64 MP, e ele vem acompanhado de outros três sensores: 2 MP (macro), 2 MP (profundidade) e 8 MP (ultra-grande angular).

Detalhe do conjunto de câmeras traseiras do Realme 7 Pro Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Fotos à luz do dia ficam ótimas. Os detalhes são bem definidos, e o brilho fica no ponto certo sem grandes exageros. À noite ou com iluminação menor, a qualidade das imagens é satisfatória, mas ao dar zoom, alguns detalhes ficam desfocados ou levemente granulados, o que é de se esperar de um celular intermediário; em más condições de luz, só os top de linha costumam entregar qualidade superior.

Fotos tiradas com o Realme 7 Pro

Se a sua é tirar autorretratos, as selfies tiradas com o sensor de 32 MP saem com boa definição e com resultados satisfatórios, mesmo em condições de luz pouco amigáveis. Como quase todo smartphone asiático, você contará com uma série de filtros no modo retrato para reduzir a largura do rosto, aumentar os olhos, reduzir queixo ou tornar a pele mais lisa. Pessoalmente, não gosto, mas há quem curta.

A bateria de 4.500 mAh (miliampére hora) é mais do que satisfatória para um dia intenso de uso. Começava o dia às 8h em 100% e ele só começava a pedir carga no dia seguinte, quando estava com 20%. Durante este período, acessava muito as redes sociais, jogava um pouco no horário do almoço e após o expediente ("Asphalt 9" e o jogo de sinuca "8-Ball") e recebia um monte de notificações do WhatsApp de conversas relacionadas ao trabalho.

Em nosso teste de autonomia, no qual rodamos um vídeo HD em loop no brilho máximo até o fim da bateria, o celular da Realme aguentou mais de 13 horas, o que é bem impressionante. A título de comparação, o Poco X3 com 5.160 mAh, com uma das maiores autonomias já registradas nos testes de Tilt, aguentou 14 horas.

O destaque, no entanto, fica por conta do carregador. Ele tem uma potência de 65W, o que destoa bastante no mercado brasileiro, onde boa parte das fabricantes utiliza modelos de 15W —a regra geral é quanto maior a potência, mais rápido o celular é carregado. Na prática, isso quer dizer que o Realme 7 Pro é carregado em 35 minutos de 0% a 100%.

A conveniência de ter o telefone rapidamente carregado é sensacional. No entanto, se você quer ter uma duração maior, talvez valha não carregá-lo ao máximo. Baterias de lítio costumam desgastar quando atingem extremos (0% ou 100%). Por essa razão, existe uma recomendação de deixar entre 20% e 80%.

Que fique claro: durante mais de um mês de uso, não notei nenhum efeito de desgaste da bateria. No entanto, no longo prazo pode rolar este desgaste.

Custando atualmente R$ 2.799 nas lojas, o Realme 7 Pro briga na categoria de celulares intermediários que contam com recursos top. De cara, é uma opção interessante para quem gosta de um bom conjunto de câmeras e não tem paciência de esperar uma hora na tomada para uma carga completa —o tempo de carregamento é impressionante mesmo.

Ao mesmo tempo, a opção de estreia da Realme no Brasil não tem conexão 5G. Ainda que o país ainda nem tenha feito leilão para a tecnologia, a expectativa é que em 2022 estas novas redes super-rápidas já estejam disponíveis em algumas cidades. Outra questão é que o aparelho tem 128 GB de armazenamento e suporta chip microSD para aumentar a memória só até 256 GB, quando o convencional é modelos aceitarem até 512 GB.

Aí vai do gosto do freguês: comprar um celular de quase R$ 3.000, com boas especificações e com conexão apenas 4G, ou investir em outro modelo intermediário com 5G, como o Moto G 5G Plus (R$ 2.999) ou o Samsung Galaxy A32 (R$ 2.699), ou simplesmente aguardar novas opções quando operadoras lançarem as novas faixas de internet móvel no Brasil.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Especificações técnicas
  • Sistema Operacional

  • Android 10 com RealmeUI

  • Dimensões

  • 160,9 x 74,3x 98,7 milímetros

  • Resistência à água

  • Não

  • Cor

  • Azul e cinza

  • Preço

  • R$ 2.799

Tela
  • Tipo

  • SuperAmoled

  • Tamanho

  • 6,4 polegadas (16,3 cm)

  • Resolução

  • FullHD (1080 x 2040)

Câmera
  • Câmera Frontal

  • 32 MP

  • Câmera Traseira

  • 64 MP (principal) +2 MP (macro) + 2 MP (profundidade) + 8 MP (ultra-grande angular)

Dados técnicos
  • Processador

  • Qualcomm Snapdragon 720G octa-core 2,3 GHz

  • Armazenamento

  • 128 GB (expansível com microSD até 256 GB)

  • Memória

  • 8 GB

  • Bateria

  • 4.500 mAh

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