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Realme 9 Pro+ é para quem odeia esperar celular carregar: 50% em 15 minutos

Realme 9 Pro+ Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

Guilherme Tagiaroli

De Tilt, em São Paulo

11/05/2022 04h00

Quanto tempo você leva para recarregar o seu celular? Uma hora? Duas horas? O Realme 9 Pro+, pelo menos neste quesito, não está para brincadeira: ele faz de 0 a 100% em pouco menos de 40 minutos (50% da carga ele recupera em 15 minutos).

Com preço na casa dos R$ 3.000, o modelo, lançado no final de março, fica na gama dos celulares intermediários quase top de linha, uma divisão que tem concorrentes como Moto G200 e Galaxy A53.

Além da recarga rápida, o aparelho traz ainda um conjunto de câmeras mais competente (capaz de tirar boas fotos noturnas), conexão 5G e um bom desempenho para jogos. Acompanhe abaixo as minhas impressões após testar o Realme 9 Pro+.

Realme 9 Pro+

Preço

R$ 3.500 R$ 2.999 Comprar
TILT
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ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

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Pontos Positivos

  • Desempenho competente para a maioria das tarefas (redes sociais e tirar fotos)
  • Bom conjunto de câmeras
  • Carregador mega rápido já incluso
  • Acabamento caprichado

Pontos Negativos

  • Não é resistente a água
  • Tem apenas duas atualizações do Android garantidas, o que diminui a vida útil do telefone comparado com os concorrentes
  • Traseira do telefone na cor verde fica cheia de marca de dedos
  • Carregador da versão testada emitia barulho

Veredito

Realme 9 Pro+ é um celular intermediário premium com boas adições comparadas ao seu antecessor, como o carregador mais rápido (ele faz de 0 a 100% em 43 minutos). Tem menos câmeras, porém mais competentes, e um visual sofisticado com acabamento em vidro na traseira -- sem capinha, fica um monte de marca de dedos. Não é resistente à água, mas Realme optou por entrada de fone de ouvido convencional.

O Realme 9 Pro+ é um sanduíche de vidro, diferente de seu antecessor, que tinha uma traseira de material plástico. Na prática, isso quer dizer que ele é um pouco mais pesado que a versão anterior: 182 gramas x 176 gramas do Realme 8 Pro 5G.

Apesar disso, o smartphone tem um acabamento mais premium. Não só pelo vidro, mas também pela lateral em aço e a cor diferenciada da traseira —no modelo testado, na cor aurora green (verde), o aparelho chama a atenção pelo acabamento Night Shift, que muda de cor quando há incidência de luz solar, deixando a superfície num tom azulado.

Traseira do Realme 9 Pro+ com incidência de luz faz com que ela fique em um tom azulado Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

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Traseira do Realme 9 Pro+ com incidência de luz faz com que ela fique em um tom azulado - Guilherme Tagiaroli/Tilt (750x421)

Fica bonito, mas fica cheio de marca de dedos —se você odeia essas marcas, a boa notícia é que na caixa vem uma capinha transparente.

Ele tem ainda uma porta USB-C para recarga e entrada clássica de fone de ouvido (de 3,5 mm). Por um lado, isso é bom, pois permite a conexão de fones de ouvido antigos; por outro é ruim, porque em função desse "buraco" ele não é resistente à água a ponto de poder ficar mergulhado por um tempo.

Na parte de baixo do Realme 9 Pro+ tem entrada USB-C e entrada de fone convencional Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

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Na parte de baixo do Realme 9 Pro+ tem entrada USB-C e entrada de fone convencional - Guilherme Tagiaroli/Tilt (750x421)

Importante dizer que na caixa vem um carregador de 60W e uma capinha transparente —fone de ouvido é um acessório que não costuma vir em caixas de celulares da Realme.

Telas de celulares de gama intermediária costumam ser ok. É o caso da tela de 6,4 polegadas (16,2 cm) do Realme 9 Pro+ com resolução Full HD (1.080 x 2.400 pixels).

Algo bacana que notei no uso do dia a dia é que foi possível visualizar tranquilamente a tela em dias ensolarados, um problema recorrente em celulares da categoria.

Isso ocorre, provavelmente, pela tela ser Super Amoled e com brilho máximo de 1.000 nits (unidade de medida referente ao brilho). É praticamente a mesma configuração do Realme 8 Pro, mas por algum motivo, colocando os telefones lado a lado, o brilho da tela do Realme 9 Pro+ é superior. Talvez seja um novo fornecedor.

Para quem se interessa por jogos, o Realme 9 Pro+ tem taxa de atualização de 90 Hz, característica faz com que as animações de games fiquem mais fluídas. Em aparelhos mais sofisticados, a taxa de atualização chega a 120 Hz, dando ainda mais realismo aos movimentos.

Uma outra adição do celular testado é o sensor de biometria sob a tela, que está bem mais competente e rápido que do modelo anterior. Mesmo com dedo sujo ou levemente úmido, o celular desbloqueia a tela na hora.

O Realme 9 Pro+ tem menos câmeras que seu antecessor (três sensores contra quatro). No entanto, parece que a marca chinesa quis se concentrar no principal, que capta mais luz, permitindo fotos noturnas de qualidade superior e com menos tempo de processamento.

Câmeras traseiras do Realme 9 Pro+ Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

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Câmeras traseiras do Realme 9 Pro+ - Guilherme Tagiaroli/Tilt (750x421)

É comum que celulares de gama intermediária tenham o modo noturno. No entanto, eles demoram muitas vezes alguns segundos para processar a foto.

Com o Realme 9 Pro+, isso leva no máximo 3 segundos para uma foto tirada à noite e que tenha alguma iluminação. O tempo só é superior se a cena tiver pouquíssima claridade.

As imagens tiradas durante o dia ficam bem bonitas, com bastante brilho e definição dos elementos que compõem a cena; as captadas durante a noite, com alguma iluminação, costumam sair de qualidade bem satisfatória — em alguns momentos, por exemplo, o céu fica claro; a imagem não corresponde muito à realidade, mas os outros elementos da foto ficam com boa definição.

Fotos tiradas com o celular Realme 9 Pro+

Fotos tiradas com o celular Realme 9 Pro+

Graças ao estabilizador óptico, não é necessário ficar 100% parado parar fazer uma boa foto em ambientes menos iluminados.

Um dos recursos mais legais de fotografia é o que a empresa chama de modo urbano. Com ele, é possível facilmente tirar fotos de longa exposição. Por exemplo: para quando você quiser captar o facho de luz das lanternas numa avenida, há a configuração rastro de neon.

O sistema automaticamente configura o tempo de exposição (o tempo que o telefone ficará captando luz) e aí é só ficar o mais estável possível. Há ainda o modo retrato com rastros de luz, hora do rush e pintura clara (em que dá para a pessoa fazer formas segurando uma fonte de luz).

Ainda no mesmo modo urbano, uma novidade bem-vinda é o controle de foco e zoom da câmera. Ao segurar o disparador e movimentar para cima e para baixo, é realizado zoom para aproximar ou afastar; ao arrastar o disparador para os lados, o foco é definido.

As selfies saem com ótima definição em boas condições de iluminação. À noite, o algoritmo Clear Fusion, da Realme, algumas vezes me deixou um pouco mais claro que o normal, mas de modo geral o resultado é bem satisfatório.

O processador Dimension 920 5G, da Mediatek, dá conta do recado, aliado aos 8 GB de memória RAM (que ajuda no desempenho). Mesmo em games complexos como Asphalt 9 e FreeFire, ele em nenhum momento chegou a esquentar o corpo do telefone ou causar travamentos.

Captura de tela do jogo Asphalt 9 Imagem: Reprodução

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Captura de tela do jogo Asphalt 9 - Reprodução (750x421)

Não chega a ser um telefone gamer, mas o fato de não esquentar durante a jogatina, já o torna uma boa opção para que curte jogos casuais (que não exigem tanto do processador).

O Realme 9 Pro+ não apresentou travamentos ao rodar o Android 12 com a interface RealmeUI 3.0. Outra boa notícia é que o telefone não vem com bloatwares (softwares adicionais incluídos pela fabricante e que são difíceis de desinstalar).

Algo que a Realme poderia melhorar é o tempo de atualização. Enquanto a Samsung promete quatro updates do Android, no Realme 9 Pro+ são apenas duas. Em telefones mais novos, como Realme GT2 Pro, a companhia chinesa promete chegar a até três atualizações do sistema, e quatro updates de segurança.

Essa menor garantia impacta diretamente na vida útil do aparelho. Quando deixa de receber as atualizações, o aparelho fica vulnerável e aplicativos mais recentes tendem a deixar de funcionar.

Algo curioso é que o celular vem com o Labs, uma área de testes de recursos novos. Um deles é justamente a capacidade de medir os batimentos cardíacos pelo sensor de biometria. É uma firula, mas com o tempo a qualidade pode ficar melhor e, talvez, ajudar em situações extremas, como checar se há alguma anormalidade com seus batimentos cardíacos.

Realme 9 Pro+ tem medidor de batimento cardíaco Imagem: Guilherme Tagiaroli/Tilt

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Realme 9 Pro+ tem medidor de batimento cardíaco - Guilherme Tagiaroli/Tilt (750x421)

A bateria do Realme 9 Pro+ é de mesma capacidade que seu antecessor: 4.500 mAh. Na prática, dá para usá-lo por um dia todo sem grandes preocupações.

Saía de casa com a bateria em 100% às 6h30 e ele só começava a pedir carga ao atingir 20%, o que costumava rolar por volta.

Neste período, usava majoritariamente a conexão móvel, e acessava redes sociais (Twitter, Instagram, WhatsApp e TikTok), além de usar a câmera para tirar algumas fotos.

O destaque, no entanto, fica por conta do carregador de 60W. Apesar de fazer um leve barulho enquanto está ligado à tomada, ele consegue fazer de 0 a 100% em pouco menos de 43 minutos, o que o torna uma das opções mais rápidas do mercado brasileiro.

E não é necessário pagar a mais por ele, como fazem algumas marcas com celulares tops de linha.

O Realme 9 Pro+ é um celular intermediário para quem quer carregamento super-rápido aliado a um bom conjunto de câmera e desempenho.

Ainda nessa divisão, a marca chinesa tem bons competidores, como o Moto G200 e o Galaxy A53.

O primeiro é quase um topo de linha. Ele tem processador Snadragon 888+ do ano passado, que deve ser mais o que suficiente para games sofisticados, além de tela, bateria (5.000 mAh) e armazenamento (256 GB) maiores. Ele tem preço sugerido de R$ 3.150.

Já o modelo da Samsung tem como destaque uma bateria (de 5.000 mAh), múltiplas câmeras (quatro ao todo), é resistente a água, suporte a até quatro atualizações do Android e tem diversas cores. Preço sugerido do Galaxy A53 é de R$ 2.430.

Vira quase uma questão de gosto. O Realme 9 Pro+ fica no meio dos outros dois modelos. O Moto G200 lidera, pelo jeitão mais premium, enquanto o Galaxy A53 tem um design legal, além de prometer dois dias sem o carregador por perto.

Se você curtir a marca Realme, o modelo testado pode ser uma boa escolha.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Especificações técnicas
  • Sistema Operacional

  • Android 12 com interface RealmeUI 3.0

  • Dimensões

  • 16,02 x 7,33 x 0,79 cm; 182 gramas

  • Resistência à água

  • Não

  • Cor

  • Aurora Green (verde) e Midnight Black (preto)

  • Preço

  • R$ 2.999

Tela
  • Tipo

  • SuperAmoled

  • Tamanho

  • 6,4 polegadas (16,25 cm)

  • Resolução

  • FullHD (1.080 x 2.400 pixels)

Câmera
  • Câmera Frontal

  • 16 MP

  • Câmera Traseira

  • 50 MP (principal) + 8 MP (ultra-grande angular) + 2 MP (macro)

Dados técnicos
  • Processador

  • Mediatek Dimension 920 5G octa-core

  • Armazenamento

  • 128 GB

  • Memória

  • 8 GB

  • Bateria

  • 4.500 mAh

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