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iPhone 13 Pro Max: bateria e câmera empolgam, mas preço é fora da realidade

Bruna Souza Cruz

De Tilt, em São Paulo

27/10/2021 04h00

Processador ainda mais rápido, menor entalhe na tela e sem grandes mudanças no visual. Assim poderíamos resumir as novidades que o iPhone 13 Pro Max, lançamento mais avançado da Apple em 2021, entrega para o consumidor. Mas não dá para limitá-lo a esse combo.

Em 2021, a Apple definitivamente investiu muito mais em melhorias internas em seu aparelho do que na parte de fora. A linha Pro de 2021 merece atenção também por seu novo conjunto de câmeras e melhor bateria (finalmente).

A conclusão a que chego depois de quase duas semanas testando o iPhone 13 Pro Max é que ele é um excelente aparelho, um dos melhores (se não o melhor) da categoria de smartphones top de linha atualmente. Ele é tão bom que vai além do que a maioria das pessoas precisa em um celular.

O maior defeito, se é que podemos falar assim, é o preço da geração Pro Max, que se mantém alto. No Brasil, o ator principal desse review custa a partir de R$ 10.499. Claro, se você tem e pode investir, não vai se arrepender ao comprar um. Mas não dá para dizer que é um telefone barato.

iPhone 13 Pro Max

Preço

R$ 10.499 (a partir de) Comprar
TILT
4,5 /5
ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

4,0

Finalmente, a Apple adotou a tecnologia com taxa de atualização de até 120 Hz. A nota só não é 5 porque o entalhe ainda é grande no display

5,0

5,0

5,0

É muito boa e tem recursos de sistema de processamento de imagens que as câmeras principais possuem

5,0

Produzem fotos excelentes. As câmeras agora captam mais luz

5,0

As novas tecnologias que permitem gravação de vídeo com desfoque do fundo e detecção de foco inteligente são promissoras

5,0

Processador A15 Bionic mistura engenharia e inteligência artificial para que o celular consiga trabalhar com vários programas ao mesmo tempo e softwares pesados

4,0

5,0

Dura quase dois dias com um uso moderado do dia a dia

4,0

4,0

Mesmo visual da linha iPhone 12

3,0

Pontos Positivos

  • Bateria dura quase dois dias
  • Melhorias nas câmeras e sistema de processamento de fotos
  • A tela finalmente tem uma tecnologia que a concorrência já adotou há tempos
  • Processador voa

Pontos Negativos

  • Não tem como não falar do preço alto
  • O entalhe diminuiu, mas ainda é grande

Veredito

O iPhone 13 Pro Max é excelente em desempenho. Isso não dá para negar. É uma máquina mesmo. Quem precisa usar o celular para editar fotos e vídeos vai conseguir fazer o trabalho bem usando o aparelho. As câmeras também melhoraram e são as melhores atualmente usadas em um iPhone. A parte complicada é o custo-benefício. É um tipo de smartphone feito para poucos. É preciso muita grana.

O UOL pode receber uma parcela das vendas pelo link de compra recomendado neste conteúdo. Preços e ofertas da loja não influenciam os critérios de escolha editorial.

iPhone 13 Pro Max é um dos quatro celulares lançados pela Apple em 2021. Ele e o irmão iPhone 13 Pro possuem tecnologias muito similares. A grande diferença está no tamanho das telas e baterias.

De modo geral, o design não muda muito entre eles e a geração de 2020. As bordas seguem retas, com acabamento fosco e laterais mais brilhantes.

Na parte da frente é que a primeira mudança acontece. O recorte no topo da tela, que abriga a câmera de selfie e os sensores de reconhecimento facial, ficou 20% menor — apesar de ainda se destacar no display.

iPhone 13 Pro Max (esq.) e iPhone 12 Pro (dir.): entalhe no modelo de 2021 é menor Imagem: Bruna Souza Cruz/Tilt

A linha 13 Pro é vendida em quatro cores: prata, grafite, dourado e azul-sierra.

iPhone 13 Pro é vendido em quatro cores Imagem: Reprodução

O aparelho testado foi o azul. Não vi os demais de perto, mas pelas fotos o azul é o que mais me agradou.

A cor dele ao vivo é muito mais bonita do que as imagens de divulgação do telefone.

iPhone 13 Pro Max Imagem: Bruna Souza Cruz/Tilt

Tanto o iPhone 13 Pro Max quanto o iPhone 13 Pro são resistentes à água. Eles são capazes de ficar até 6 metros por até 30 minutos. Eles também resistem a derramamentos acidentais de líquidos como café, chá, entre outros, segundo a Apple.

O lançamento testado manteve o tamanho de tela da geração passada: 6,7 polegadas (17 cm na diagonal). Ela está mais brilhante, mas a diferença mesmo está em sua taxa de atualização dinâmica. E o que isso quer dizer?

Quanto mais alta essa taxa, melhor será a fluidez de imagens, animações (seja de aplicativos, seja de jogos) e rolagem de conteúdos na tela.

Os dois celulares 13 Pro têm uma tecnologia (chamada ProMotion) que faz com que o aparelho reconheça quando ele precisa chegar ao índice máximo, de 120 Hz (atualiza 120 vezes a cada segundo), ou ao mínimo, de 10 Hz. Esse processo ajuda na economia da bateria.

Taxas de atualização mais rápidas já são vistas em celulares Android há tempos. Mas até que a Apple fez bem feito. Nos aparelhos da concorrência, em geral, esse índice é estático, podendo ser configurado manualmente nos aparelhos.

iPhone 13 Pro Max: tela de 6,7 polegadas Imagem: Bruna Souza Cruz/Tilt

O resultado é que depois que você se acostuma com telas assim você não quer voltar mais para celular com menos que isso. Ao mesmo tempo, a mudança é mais sútil inicialmente. Nem todo mundo vai conseguir notar de primeira a diferença.

O que já era muito bom na linha 12 ficou melhor. Eu já falei isso em algum review passado de iPhone, mas não tenho como fazer diferente.

Câmeras do iPhone 13 Pro Max (esq.) e do iPhone 12 Pro (dir.) Imagem: Bruna Souza Cruz/Tilt

As câmeras do 13 Pro e 13 Pro Max são iguais neste ano. O que é ótimo porque não vai fazer profissionais que trabalham com fotos pagar mais caro para ter um telefone gigante em mãos, por exemplo. No ano passado, isso não ocorreu com os 12 Pro e 12 Pro Max (que era mais avançado).

O conjunto de sensores principais é formado por:

  • lente grande-angular com abertura ?/1.5
  • ultra-wide (para capturar mais conteúdo) com abertura ?/1.8 e ângulo de visão de 120°
  • telefoto (para zoom óptico de 3x) com abertura ?/2.8

As câmeras agora conseguem capturar mais luz, o que irá ajudar na produção de fotos tiradas em ambientes com pouca iluminação, o resultado é menos ruído na imagem. Graças também a ajuda de sistemas de fotografia computacional que a Apple vem evoluindo a cada lançamento.

A lente que mais me agradou — e é um salto de melhoria em comparação com todos os iPhones anteriores — é o sensor ultra-wide que agora permite capturar muito mais detalhes de objetos aproximados. Ela reconhece detalhes a uma distância mínima de foco de 2 cm.

iPhone 13 Pro Max: fotos tiradas para o review

O único desafio aqui é que essa lente para cenas de perto é acionada automaticamente. Até o fechamento do texto, não havia ainda atualização de software que pudesse resolver essa questão.

OBS: as imagens que aparecem no review podem ter perdido um pouco de resolução em meio ao processo de compartilhamento de arquivos e upload no sistema de publicação de texto.

Estilos padronizados de foto

A Apple adicionou estilos de captura de imagens. São cinco no total e ela muda o tom e a calidez, o calor da foto. Uma vez configurado não dá para editar depois.

Segundo a empresa, o recurso é diferente da aplicação tradicional de filtros (que pode ser feita na galeria de imagens do iPhone). Uma das diferenças é que tons de pele, por exemplo, ficam mais naturais do que quando se usa um filtro.

Quando você define um estilo, ele se torna padrão e todas as capturas de fotos seguirão suas respectivas configurações. Caso queira voltar ao modo básico ou escolher outro, é preciso mexer novamente nos itens de câmera do celular.

Modo de cinema

Toda a linha iPhones 13 possui o novo modo cinematográfico, uma espécie de modo retrato para vídeo, aquele que desfoca o fundo da foto. O processo é feito via algoritmo que reconhece rostos humanos e objetos, por exemplo.

Se existem duas pessoas na cena e a pessoa em primeiro plano vira o rosto, a outra que está atrás passa a ficar em destaque na gravação do vídeo.

O modo de cinema também está disponível na câmera de selfie, que tem 12 MP (abertura ?/2.2) e recursos de fotos parecidos com a do conjunto principal.

Modo cinematográfico da câmera Imagem: Reprodução
Modo cinematográfico com foco no primero plano Imagem: Reprodução

Demorou, mas a Apple renovou as baterias de todos os lançamentos, o que deu uma empolgada. Segundo a empresa, o celular aguenta ficar até 25 horas reproduzindo streaming de vídeo direto — O irmão 13 Pro faz o mesmo em até 20h.

Em testes mais intensos: com muito vídeo com brilho máximo, internet, jogos online, câmeras, gravação de vídeo, WhatsApp, wi-fi e 4G: a bateria durou em torno de 19 horas. Em dias menos intensos, ela chegou a durar em média quase dois dias completos (quase 48 horas) a cada recarga.

Em um dos testes mais intensos, tirei o celular da tomada com 100% no dia 16 de outubro, 13h30. Deixei rodando 2h30 de vídeo com tela no brilho máximo (conexão wi-fi). A bateria chegou a 88% após esse tempo.

Naveguei ao longo do dia todo em redes sociais, internet, emails, configurações do celular. Mais à noite, explorei 1h30 de jogos (basiquinhos, como Candy Crush, a games que trabalham com mais gráficos, como Need For Speed e SimCity). Por volta da 1h40, ela registrou 70%.

No dia seguinte (17 de outubro), 8h30, o iPhone 13 Pro Max tinha 65%. Somei ao longo do novo dia vários minutos de gravação de vídeos e fotografias com o celular. Muita internet 4G, GPS, mapa online. Ela só foi acabar de vez às 08h46 de 18 de outubro.

O desempenho do iPhone 13 Pro Max (e de toda a linha) não tem nem o que falar. O celular voa. Não trava com atividades do dia a dia e nem com jogos pesados. Precisa editar algumas fotos? Alguns vídeos? O 13 Pro Max dá conta tranquilamente.

Agora que você já conhece mais do iPhone 13 Pro Max acha que vale a pena?

Bom, gostei muito do celular e não tenho dúvidas que ele tem tecnologia de sobra. Mas, pensando em custo-benefício dentro de iPhone, farei a boa e velha divisão de perfis de consumo:

"Quero a nova linha 13"

Recomendo o investimento no iPhone 13 Pro, que é menos caro (a partir de R$ 9.499), oferece configurações bem parecidas e a tela é menor.

"Tenho um celular da geração iPhone 12. Vale o upgrade?"

Não vale a pena fazer ainda. A vida útil do seu celular ainda vai muito longe, no mínimo, uns dois, três anos se você cuidar bem dele. Seria gastar dinheiro sem necessidade (a não ser que você trabalhe com fotografias/vídeos e acha que os novos recursos farão diferença no seu trabalho).

"Tenho iPhone antigo"

Se você é fã de iPhone e tem versões como a 7, 8, X (e tem dinheiro para gastar), você não irá se arrepender de comprar o 13 Pro Max. O salto de tecnologia é muito grande.

"Sou time Android, mas pensando em arriscar no iPhone"

Se você tem um Android e gosta muito do sistema operacional, existem modelos de smartphones muito avançados (com os da Samsung) que custam menos do que um iPhone 13 Pro Max. Por isso, pesquise bem antes de tomar sua decisão.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

Câmera de selfie

iPhone 13 Pro Max
iPhone 12 Pro
Imagem: UOL | UOL

Câmera macro

Imagem: UOL | UOL

Câmera macro

Imagem: UOL | UOL

Foto diurna e noturna

Imagem: UOL | UOL

Modo noturno e zoom

Foto com lente principal
Foto com zoom máximo
Imagem: UOL | UOL
Especificações técnicas
  • Sistema Operacional

  • iOS 15

  • Dimensões

  • 160,8 mm x 78,1 mm x 7,65 mm; 238 gramas

  • Resistência à água

  • Sim

  • Cor

  • Preto, dourado, prata e azul

  • Preço

  • R$ 10.499

Tela
  • Tipo

  • Oled

  • Tamanho

  • 6,7 polegadas

  • Resolução

  • 2.778 x 1.284 pixels; 120 Hz

Câmera
  • Câmera Frontal

  • 12 MP

  • Câmera Traseira

  • 12 MP (teleobjetiva, grande-angular e ultra-angular), com zoom óptico de 3x

Dados técnicos
  • Processador

  • A15 Bionic

  • Armazenamento

  • 128 GB, 256 GB, 512 GB ou 1 TB

  • Memória

  • 6 GB de RAM

  • Bateria

  • 4.352 mAh

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