Moto G8 Plus tem ótima bateria, mas decepciona quando assunto é desempenho
Resumo da notícia
- Intermediário Moto G8 Plus apresenta múltiplas câmeras, bateria enorme e telona
- Ele agrega recursos de câmera do One Vision (foto noturna) e do Action (câmera de ação)
- Bateria rendeu quase dois dias, mas se mostrou celular lento para todo tipo de tarefa
Recém-chegada às 100 milhões de unidades vendidas, a linha de celulares Moto G ganhou duas gerações ao longo de 2019, sendo a segunda delas liderada pelo intermediário Moto G8 Plus. Ele chegou em outubro, mais de um semestre depois do Moto G7, e adotou uma série de tendências do mercado de smartphones: múltiplas câmeras, bateria enorme e telona.
Com o Moto G8 Plus, a Motorola apostou no aumento de todas as especificações técnicas na comparação com o Moto G7 Plus. Isso deveria significar uma melhora na experiência como um todo.
Mas deu certo? Em alguns aspectos, sim; em outros, nem tanto. A bateria foi o principal destaque positivo na minha experiência, com vida útil maior ou equivalente à de celulares com maior capacidade, como o Samsung Galaxy A70 (4.500 mAh), e os Asus Zenfone Max Shot M2 (5.000 mAh) e Zenfone 6 (5.000 mAh).
O desempenho, por outro lado, foi o ponto negativo das semanas em que usei o Moto G8 Plus. Ele me deu um pouco de dor de cabeça por apresentar lentidão, mas, fora isso, os recursos do aparelho agradaram e justificam que o Moto G seja o celular "queridinho" do Brasil.
Moto G8 Plus
Preço
R$ 1.699 R$ 1.259,10 (Shopping UOL - 10/02/2020)Pontos Positivos
- Bateria de excelente duração
- Câmera de ação é ótima para vídeos
Pontos Negativos
- Desempenho surpreendentemente ruim
- Câmera de ação bem que podia tirar fotos
Veredito
Novo representante da linha "queridinha" do Brasil, o Moto G8 Plus irá agradar quem precisa de bateria com boa duração e gosta de gravar vídeos. O celular ainda ganha pontos com as Moto Ações, boa tela e câmeras, mas decepciona no quesito desempenho. O visual design também pode dividir opiniões.
O que significa uma bateria de vida útil maior ou equivalente à de celulares com maior capacidade? A bateria do Moto G8 Plus tem 4.000 mAh, o que é bastante, mas parece pouco para o tanto que ela durou.
Usei o celular para uma série de atividades diferentes, mas uma que me chamou a atenção foi um dia que passei fora de casa e longe da tomada, em que assisti a vitória do Liverpool sobre o Flamengo no Mundial de Clubes do começo ao fim do segundo tempo da prorrogação.
Foram mais de três horas consecutivas fazendo streaming de vídeo no celular, mais o uso intenso de redes sociais e outros aplicativos durante o mesmo dia. Quando voltei para casa, algumas horas depois de anoitecer, a carga ainda estava nos 15%.
Esse não foi o único exemplo da autonomia da bateria. Em outro fim de semana, esqueci de colocar o aparelho para carregar na noite de sábado. Não foi problema, já que ele aguentou quase o domingo inteiro antes de pedir para receber uma carga.
Como assisti um jogo inteiro de futebol, mais prorrogação, dá para se ter uma ideia de que a tela do Moto G8 Plus é no mínimo satisfatória. Com 6,3 polegadas (16 cm), resolução Full HD+ e tecnologia LCD, ela foi boa para todo tipo de atividade.
O pacote oferecido pelo celular é ótimo para navegar na internet, usar redes sociais, trocar mensagens no WhatsApp e, claro, assistir a vídeos no YouTube e Netflix.
Assim como o Moto G7 Plus, o Moto G8 Plus conta com um entalhe no formato de gota no topo da tela, mas este ficou mais discreto já que a tela cresceu de 6,2 polegadas para 6,3 polegadas de uma geração para a outra.
O entalhe na parte superior da tela conta com a câmera frontal, um sensor de 25 MP (o do Moto G7 Plus tinha 12 MP) que tirou selfies bem detalhadas quando a iluminação ajudava. Nas situações em que a luz estava fraca, a foto ficou um pouco borrada e com cores esquisitas.
A câmera traseira, por sua vez, evoluiu e se multiplicou de uma geração do Moto G para a outra. O Moto G8 Plus tem três sensores e herdou sistemas que a Motorola introduziu na linha Motorola One: o Night Vision e o Quad Pixel do One Vision, e a câmera de ação do One Action.
Isso significa que, apesar de a câmera ser tripla, apenas duas, de 48 MP (principal) e 5 MP (profundidade) são usadas para fotos. A outra, de 16 MP (ação), serve para gravar vídeos na horizontal enquanto você segura o celular na vertical.
O Moto G8 Plus não conta com um sensor grande angular, como o Redmi Note 7, o Galaxy M30 ou o LG K12 Prime, mas tira boas fotos e retratos com a câmera traseira —ainda que as cores tenham ficado um pouco estouradas quando havia muita claridade no fundo.
O sensor exclusivo para vídeos do celular da Motorola, por sua vez, é uma ótima adição para quem gosta de filmar. É mais natural e confortável segurar o celular na vertical; com a câmera do Moto G8 Plus, essa posição permite a gravação de vídeos na horizontal com um ângulo aberto.
Agora, se você não usa o celular para gravar vídeos, esse recurso acaba sendo dispensável. Como critiquei no review do Motorola One Action, essa câmera também deveria servir para tirar fotos, uma função mais útil para o usuário.
Depois de tirar uma foto com a câmera do celular, é natural ir no álbum ver como a imagem ficou. Esse processo foi motivo de surpresa para mim, porque demorou para o smartphone exibir na tela a foto que eu tinha acabado de tirar.
Essa ação simples é representativa do desempenho decepcionante do Moto G8 Plus. Antes de mais nada: o celular não chegou a travar nenhuma vez durante as semanas de teste.
Isto posto, ele se mostrou um celular lento para todo tipo de tarefa, como trocar de um app para outro, girar o conteúdo exibido na tela da vertical para a horizontal ou carregar o game Pokémon Go. Apesar do processador do Moto G8 Plus ser discretamente melhor do que o do Moto G7 Plus, o modelo mais novo apresentou mais lentidão no uso do dia a dia.
Cheguei a reiniciar o celular, e também mudar a interface de controles do celular da Moto Ação de navegação em um toque para os botões tradicionais do Android. Nada melhorou esse problema.
Curiosamente, nos aplicativos que realizam testes de desempenho (Geekbench 4 e Antutu), o Moto G8 Plus tirou notas melhores do que seu antecessor.
Além do desempenho, o design da traseira do Moto G8 Plus é outro ponto que não me agradou —mas aqui tem uma pitada de opinião pessoal.
A forma que a câmera traseira fica disposta é feia, com o sensor de ação separado no topo superior esquerdo e os demais sensores (principal, de profundidade, foco a laser) e o flash agrupados em um segundo módulo logo abaixo.
Na frente, as bordas são um pouco mais largas que as do Galaxy A50, o concorrente mais direto do Moto G8 Plus, mas isso não incomodou. O tamanho do celular da Motorola me atrapalhou um pouco, mas isso pesou menos graças à Moto Ação de navegação em um toque, que facilitou o manuseio com uma só mão —depois de um tempinho de adaptação.
O Moto G8 Plus chegou às lojas custando R$ 1.699, mesmo preço de lançamento do seu antecessor. Esse valor fazia dele uma oferta não tão atrativa quanto outros concorrentes, mas já é possível encontrar o celular por R$ 1.259 meses depois.
Neste preço, o Moto G8 Plus é uma opção competitiva com o Galaxy A50 (R$ 1.299) e o Redmi Note 8 (R$ 999). Se para você o que mais importa é um celular com bateria que dure bastante, mais um sistema de câmeras versátil e com bons recursos de software, o celular da Motorola será uma boa escolha. Outras alternativas competitivas são o Motorola One Vision (R$ 1.319) e o Motorola One Action (R$ 1.079).
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Sistema Operacional
Android 9 Pie
Dimensões
158,4 x 75,8 x 9,1 mm e 188 g
Cor
Azul e vermelho
Preço
R$ 1.699 (lançamento)
Tipo
LCD
Tamanho
6,3 polegadas
Resolução
Full HD+
Câmera Frontal
25 MP
Câmera Traseira
48 MP (principal), 5 MP (profundidade) e 16 MP (câmera de ação)
Processador
Snapdragon 655 2 GHz
Armazenamento
64 GB
Memória
4 GB de RAM
Bateria
4.000 mAh
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