O realme C55 é um celular intermediário que chegou ao Brasil em abril deste ano. Um diferencial é o fato de ele ser o primeiro Android a ter um recurso de tela parecido com o do iPhone 14 Pro, a Dynamic Island (ilha dinâmica, em português).

A mini cápsula do realme C55, como a fabricante chinesa chama o recurso, funciona para exibir informações como a porcentagem da bateria quando conectada ao carregador. Veja a seguir a análise completa e se o telefone vale o investimento.

realme C55

Preço

R$ 2.299 (lançamento) R$ 1.265 (Amazon - 28/06/2023) Comprar

TILT

3,5 /5

ENTENDA AS NOTAS DA REDAÇÃO

Tela

4,0

Touch

4,0

Áudio

3,0

Câmera Frontal

3,0

Câmera Traseira

4,0

Gravação de Vídeo

3,0

Desempenho

3,0

Peso

4,0

Bateria

4,0

Usabilidade

3,0

Design

4,0

Custo x Benefício

3,0

Pontos Positivos

• Carregamento rápido da bateria
• Caixa do C55 é bem completa, com carregador rápido e capa protetora
• Design bonito, sai do padrão da maioria dos celulares concorrentes na mesma faixa de preço
• Câmera traseira decente

Pontos Negativos

• Não é compatível com internet 5G
• Reconhecimento de impressão digital falhou algumas vezes
• Não tem proteção contra água e poeira
• Muitos aplicativos desnecessários instalados de fabrica

Veredito

O realme C55 é um bom celular intermediário para quem não tem grandes demandas gráficas. O design e o carregamento super rápido são destaques, enquanto a "ilha dinâmica" na tela ainda está engatinhando. As câmeras traseiras fazem um trabalho interessante com boa iluminação.

A gente escolhe cada produto criteriosamente, de forma independente, e checa os preços na data da publicação (ou seja, podem variar!). Ao comprar pelo nosso link, ganhamos uma comissão, mas você não paga a mais por isso.

A realme costuma dizer em seus eventos que tem a missão de "não criar aparelhos com design monótono" e o C55 reflete bem essa ideia. Com uma dupla de grandes câmeras traseiras sobressalentes alinhadas na vertical, o aparelho tem um formato mais quadrado e com os cantos arredondados.

O acabamento fosco na traseira afasta as marcas de dedos. Os detalhes de linhas verticais lembram a chuva na cor Rainy Night, um preto acinzentado, ou raios dourados de sol, no caso da cor Sunshower.

Ele possui uma carcaça com aparência um pouco mais premium, mesmo sendo feito de de policarbonato e não de vidro (presente nos celulares mais caros e avançados).

A caixa do C55 é bem completa, trazendo um kit com cabo USB-C, capa de proteção, adaptador de tomada de 33 watts e chave para abrir a gaveta de cartões.

Ao pegar e usar o telefone, achei o aparelho bem confortável, uma vez que ele é fino (7.9 mm) e leve (189g). Os botões de volume na lateral direita são um pouco mais sobressalentes do que o botão de liga/desliga, que abriga o sensor de impressões digitais e fica bem rente à moldura lateral.

Inclusive, muitas vezes é preciso várias tentativas para que o reconhecimento da biometria aconteça - ponto negativo aqui.

É possível usar dois chips de linha telefônica do tipo nano-SIM (aquele menorzinho). O aparelho permite também uso de um cartão de memória microSD de até 1 TB.

Para a alegria de muitos, além da conexão USB-C, microfone e alto-falante, também existe conexão P2, de 3.5mm, para fones de ouvido.

A falta de certificação IP de proteção contra água e poeira é mais um ponto ruim, mas, infelizmente, padrão em produtos nessa faixa de preço.

A tela é de 6,72 polegadas, tem tecnologia IPS LCD e resolução Full HD+. As bordas são finas nas laterais e um pouco maior na parte inferior.

A taxa de atualização alterna entre 60 Hz e 90 Hz, sendo possível escolher entre a taxa mais alta, mais baixa ou uma seleção automática em que o próprio sistema escolhe a melhor opção de acordo com cada aplicação. Na prática, essas transições representam maior fluidez na exibição de cenas e animações, por exemplo.

O brilho máximo de 680 nits é o suficiente para enxergar o conteúdo da tela em um dia ensolarado e os ângulos de visão são satisfatórios. No entanto, com um sol de outono/inverno mais forte e direto, sem nuvens no céu, foi preciso um esforço extra para ter uma boa leitura da tela em local aberto.

No final das contas, é possível consumir bastante conteúdo em vídeo com fluidez e nitidez das imagens. O alto-falante mono se aproveita do modo ultravolume, da realme, para elevar o áudio para 200%.

A câmera frontal ocupa um pequeno espaço no centro do vidro Panda Glass (alternativa mais barata ao famoso Gorilla Glass, presente nos celulares top de linha) e não tem grande interferência no conteúdo.

A "ilha dinâmica"

A mini cápsula do realme C55 aparece apenas durante o carregamento da bateria, exibe alerta de uso de dados, bateria fraca e contagem de passos.

A novidade pode ser ativada no menu do 'Laboratório realme' e funciona como uma espécie de notificações no formato pop-up (janela que abre na tela).

É uma adição interessante, mas que ainda está engatinhando por aqui. Ela não convence como grande diferencial devido à baixa compatibilidade com outros recursos. No final das contas, muita gente nem vai perceber que ela existe, mas espero que a realme invista na ferramenta para conversar com mais recursos e aplicativos.

O desempenho do realme C55 ficou dentro do esperado para a categoria. Consegui navegar sem engasgos em aplicativos de rotina e jogar games mais simples, que não demandavam muito processamento.

Quem gosta de passar muito tempo jogando no celular pode ser incomodado com um aquecimento que começa a aparecer depois de uns 15 minutos de partida de Call of Duty, por exemplo.

A memória interna dele é de 256 GB de armazenamento. Os 8 GB de RAM, que pode ser expandida para até 16 GB de maneira virtual, ajudam a otimizar o desempenho do telefone.

Infelizmente, o smartphone não suporta redes 5G, e isso é uma questão importante se você deseja ficar com o celular por muitos anos. A internet de quinta geração ainda não está funcionando em todas as cidades brasileiras, mas o processo já começou.

O realme C55 possui duas câmeras traseiras: uma de 64 MP e um sensor de profundidade de 2 MP. O sensor principal faz imagens muito boas durante o dia, com imagens nítidas, baixo ruído e cores vivas. A tecnologia HDR presente destaca detalhes nas fotos, enquanto vemos cores fieis à realidade.

O aparelho conta ainda com o "Modo Urbano", que usa inteligência artificial para melhorar as imagens com uma estabilização digital, reduzindo rastros de movimento e borrões.

realme c55: confira fotos tiradas com as câmeras do celular

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realme c55: foto tirada luz natural

Joyce Macedo

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realme c55: foto com luz natural

Joyce Macedo

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realme c55: exemplo de uma foto com zoom ruim

Joyce Macedo

4 / 10

realme c55: foto tirada com modo urbano ativado

Joyce Macedo

5 / 10

realme c55: foto tirada com modo noturno desativado

Joyce Macedo

6 / 10

realme c55: foto tirada com modo noturno ativado

Joyce Macedo

7 / 10

realme c55: selfie sem desfoque de fundo

Joyce Macedo

8 / 10

realme c55: selfie com fundo desfocado

Joyce Macedo

9 / 10

realme c55: foto com muitos detalhes na cena

Joyce Macedo

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realme c55: modo retrato em ambiente com baixa luminosidade

Joyce Macedo

O "modo Retrato", usado para fotos com o fundo desfocado, não tem uma leitura super precisa das bordas da pessoa em destaque, perdendo detalhes do cabelo, por exemplo.

Contudo, entrega uma imagem de qualidade interessante. Só não podemos dizer o mesmo sobre o zoom. Ele é digital, não possui uma lente específica para ele. O resultado são imagens com baixa nitidez.

A câmera também sofre um pouco mais em ambientes de baixa luminosidade, com certa demora para encontrar o foco, aumento de ruído e baixo detalhamento. Ao menos, o "modo Noturno" ajuda a melhorar bastante o resultado de fotos à noite.

O realme C55 é capaz também de gravar vídeos em 1080P a 60fps, que funcionam bem com boa iluminação, mas que sofrem sem uma estabilização óptica.

A câmera frontal de 8 MP faz selfies com baixa saturação (menor intensidade de cor). Senti que o "modo retrato" também peca ao tentar encontrar o objeto principal.

A bateria de 5.000 mAh tem suporte ao carregamento rápido de 33W - e o adaptador já vem na caixa. Pontos positivos aí. É possível ver a carga ir de 0% a 100% em cerca de 1 hora e 10 minutos.

Confesso que esperava uma autonomia maior, mas apesar de ser o suficiente para passar um dia longe da tomada com uso padrão, quando subimos um pouco as exigências ao longo do dia, com alto consumo de conteúdo na internet (sites, redes sociais etc), por exemplo, ela cai.

Ainda dá para atingir tranquilamente a marca de mais de 6 horas de tela com uso moderado. Somando isso ao carregamento super rápido, a bateria não será um problema no C55.

Ele vem com o sistema Android 13 personalizado com a interface realme UI 4.0. Ela tem animações bonitas, mas senti um pouco de lentidão na transição delas. A personalização dos ícones dos apps também agrada, incluindo uma opção de combinar com as cores da imagem de fundo.

Recursos especiais como tela dividida para ver dois apps ao mesmo tempo ou as janelas flexíveis, que permite ter aplicativos flutuantes na tela, também facilitam a navegação e multitarefas.

O que não dá para ignorar é a presença dos bloatwares, aqueles softwares de terceiros que já vêm pré-instalados no celular quando ele sai da fabrica, como o Phoenix. Uma dica é desinstalar tudo o que você puder e liberar a memória do telefone.

O realme C55 chegou ao Brasil por R$ 2.299 com características interessantes para tentar convencer:

• Belo design
• Câmera traseira boa para a categoria
• Carregamento rápido - com o "plus" de um carregador de 33W na caixa
• Tecnologia de tela inspirada no iPhone 14 e que torna o modelo bem diferente da concorrência.

Contudo, ele tem pontos de atenção. Uma vantagem atual, após meses do lançamento, é que o preço caiu. É possível encontrá-lo por R$ 1.270. Então vale a pena ter o modelo em sua pesquisa.

Um outro que também pode agradar é o Galaxy M14, da Samsung. O preço está numa faixa parecida, com a vantagem de o telefone ter mais uma câmera e processador mais novo.