Custo-benefício na veia: Zenfone 6 traz recursos de ponta a preço acessível
O Zenfone 6 tem um atrativo inquestionável no lançamento brasileiro: bom custo-benefício. O principal celular da Asus para 2019 traz recursos de modelos top de linha a um preço mais baixo que a concorrência, o que pode ser justamente aquilo que você estava procurando.
Ele é a primeira investida real da marca taiwanesa nesse segmento do mercado de smartphones e, depois de duas semanas de experiência com aparelho, posso afirmar que a aposta deu certo. Para os amantes de fotos, o Zenfone 6 manda muito bem no modo tradicional e no modo selfie, tudo graças ao sistema Flip Camera, que faz as lentes da traseira do celular pularem para a frente.
Quem curte jogar ou realizar tarefas mais pesadas também ficará satisfeito, já que o poder de processamento do celular se mostrou ótimo tanto na minha experiência quanto nos testes de desempenho —foi até melhor que os Galaxy S10 e o Huawei P30 Pro. A bateria e a tela não me agradaram tanto assim, mas vou entrar nos detalhes disso mais para frente.
Zenfone 6
Preço
R$ 2.699Pontos Positivos
- Melhor custo-benefício no preço de lançamento no Brasil
- Câmera ótima que também é usada em selfies
- Rodou jogos pesados com facilidade
Pontos Negativos
- Bateria não é tão duradoura quanto os 5.000 mAh sugerem
- Tamanho torna celular desconfortável para uso com uma só mão
Veredito
Se destacando no que é importante (câmera, tela, desempenho e bateria), o Zenfone 6 entrega o que qualquer um busca de um celular com recursos modernos. O preço de lançamento torna o pacote ainda mais atrativo.
O principal atrativo do Zenfone 6 é a câmera, que só pode ser comparada com a do Galaxy A80 entre os celulares que estão à venda no Brasil. Assim como o smartphone da Samsung, o da Asus usa a mesma câmera para tirar selfies e fotos normais.
Chamado Flip Camera, esse sistema é exclusivo ao Zenfone 6 e permite o proveito máximo da câmera dupla, que conta com uma lente grande-angular de 13 MP e a principal de 48 MP. Ela também conta com bons recursos de software que ajudam suas fotos a ficarem mais bonitas, como HDR, reconhecimento de cenas por inteligência artificial e modo noturno.
Na prática, eu tirei excelentes fotos no escuro ou contra o sol, duas situações que são difíceis de fotografar. Quando a luz está boa, as fotos saem ricas de cores, às vezes até demais. Se você é purista, isso pode te incomodar, mas eu gostei que as fotos ficaram vivas.
A câmera ainda tem um recurso único, que é a possibilidade de tirar fotos panorâmicas automaticamente. A Flip Camera também pode ter seu ângulo ajustado pelos botões de volume, o que permite fotos em ângulos inusitados.
No modo para selfies, ficamos com uma pergunta na cabeça: o sistema aguenta se o celular cair no chão, ou alguém mexer na câmera à força? Não fiz um teste de fogo, mas deixei o celular cair umas vezes em uma superfície acolchoada com a câmera saltada. Ela volta para a traseira automaticamente graças a um sensor de movimento, mas achei essa recolhida lenta para salvar o aparelho de uma queda real.
Ainda tem um detalhe da câmera que merece menção: ela captura vídeos em 4K e 60 FPS (quadros por segundo) mesmo no modo selfie. Nenhuma outra câmera frontal do mercado de smartphones faz isso.
Como o Zenfone 6 não tem uma câmera apenas para selfies, não existe nenhum entalhe ou borda superior na tela do celular. Isso faz com que o display de 6,4 polegadas se destaque, aproveitando quase toda a frente do aparelho - a borda inferior é um pouquinho grande, mas não atrapalha.
Ele é ótimo para assistir vídeos no Instagram, YouTube, Netflix ou WhatsApp, mas, se comparado a outros celulares, ele não é tão bom assim. Isso porque modelos como os da linha Galaxy S10, Galaxy Note 10, iPhone 11 Pro e P30 Pro contam com a tecnologia Oled ou Amoled em suas telas, que é superior ao LCD usado pelo Zenfone 6 e o iPhone 11.
A qualidade é inferior, mas a menos que você coloque um celular do lado do outro, não é uma diferença que você irá notar.
Um detalhe que merece menção: tive problemas com a sensibilidade da tela ao usar o WhatsApp. Fica a dúvida se era o aplicativo, ou se o celular teve dificuldades de reconhecer quando eu clicava no botão voltar, no canto superior esquerdo.
A tela e a câmera têm um papel importante no design do Zenfone 6, que foge um pouco do padrão da Asus. Seja o Zenfone 5 ou a linha de Zenbooks da empresa, o design dos produtos tinha como marca os círculos concêntricos.
Eles foram deixados de lado para o modelo padrão do Zenfone 6, que tem uma traseira que seria genérica não fosse a Flip Camera. O sistema inusitado combina com harmonia na parte de trás do smartphone, enquanto a frente dele é mais bela que a dos concorrentes, já que não há entalhe ou furo na tela.
O Zenfone 6 também segue uma tendência do mercado, que é a de celulares grandes. Como a maioria deles, ele não é confortável de manusear, principalmente com uma só mão —usá-lo em pé, se segurando no metrô ou ônibus, não é prático.
Eu curti usar o Zenfone 6 para jogar alguns jogos que não costumo experimentar no celular, como Fortnite e Call of Duty Mobile. Estava curioso para ver como o processador Snapdragon 855 lidaria com esses games mais pesados e não me decepcionei.
Ambos rodaram liso no celular, que também se destacou nos testes de desempenho que fazemos por padrão. Entre os modelos Android lançados neste ano que experimentamos por aqui, o Zenfone 6 foi o que atingiu a melhor marca no Antutu e perdeu apenas para a linha Galaxy S10 e o Galaxy Note 10+ em uma das modalidades do Geekbench 4.0 —na outra, o celular da Asus foi melhor.
Soltos, esses dados não valeriam nada, mas eles combinam com a minha experiência usando o Zenfone 6. Fora o bom desempenho de jogos, os aplicativos que costumo usar no dia a dia não apresentaram nenhuma travada ou lentidão, mais uma confirmação que os testes técnicos servem para a prática.
O único detalhe que não me agradou foi sentir o celular esquentar enquanto jogava Call of Duty Mobile. Ou seja, a temperatura sobe quando você exige muito do Zenfone 6.
A bateria era para ser outro ponto de destaque do Zenfone 6, mas ela me frustrou um pouco. Apesar de ter 5.000 mAh, capacidade maior que qualquer outro modelo top de linha, ela não entrega uma autonomia tão boa quanto a de celulares como o Moto G7 Power ou o Zenfone Max Pro M2, mais baratos e fracos, mas com uma bateria equivalente.
Se você estiver pensando em comprar um Zenfone 6, pode ficar tranquilo que ele aguentará um dia de uso intenso com tranquilidade. No entanto, não espere uma sobrevida da bateria para o segundo dia longe da tomada. Nesse sentido, o Galaxy Note 10+ continua sendo o expoente, apesar de ter uma bateria de menor capacidade —no papel.
Para fechar, vamos ao mais importante: o Zenfone 6 vale os R$ 2.699 cobrados no lançamento? Para efeito de comparação, todos os concorrentes dele chegaram ao mercado custando mais de R$ 4.000, o que é um ponto a favor do celular da Asus quando o assunto é custo-benefício.
No entanto, como esse celular está chegando no fim do ano, os preços da concorrência já caíram a ponto que os tornam competitivos. Destacaria dois modelos que chegam a ser mais baratos: o Galaxy S10e e o Mi 9, da Xiaomi. Se você está na dúvida, vale dar uma pesquisada para ver se esses smartphones oferecem recursos que chegam mais do seu agrado.
Sistema Operacional
Android Pie 9.0
Dimensões
159.1 x 75.4 x 9.2 mm
Resistência à água
Não tem
Cor
Prata ou Preto
Preço
A partir de R$ 2.699
Tipo
LCD
Tamanho
6,4 polegadas
Resolução
Full HD+ (1080 x 2340 pixels)
Câmera Frontal
Dupla, com lente principal de 48 MP e lente grande-angular de 13MP
Câmera Traseira
Dupla, com lente principal de 48 MP e lente grande-angular de 13MP
Processador
Snapdragon 855 (2.8 GHz)
Armazenamento
64 GB/128 GB/256 GB/512 GB
Memória
6 GB/6 GB/8 GB/12 GB
Bateria
5.000 mAh
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