Propagandas, mapas e cores. É só do que se fala por aí né? Percebi! Então vou ser direto e já dar meus palpites sobre o tenho achado das big techs (e da Apple) nas eleições…
Detesto fake news. Sei que grande parte delas é culpa dos gigantes da tec e isso tem impactado as eleições. Pelo menos agora essas empresas de redes sociais têm investido em checagem de fatos.
Mas não sou ingênuo. Essas ações são feitas para frear interferências nas empresas. Odeio política nos negócios, mas meus colegas estão acomodados. Criamos a Apple News para dar credibilidade a veículos sérios, mas precisamos de mais.
Não consigo parar de pensar que não inovamos no sistema eleitoral. Ainda somos piada por votarmos no papelzinho. Prometi que faria máquinas que mudariam o mundo. As eleições eram uma oportunidade simples de cumprir isso.
Aliás, sempre achei as eleições uma parte importante para a sociedade. Doei milhares de dólares aos democratas, sem fazer alarde. Isso me trouxe várias amizades políticas. Até dormi na Casa Branca, na cama que já foi do Lincoln, no mandato do Clinton.
Aliás, fico incomodado com a proximidade do chefe da Apple, Tim Cook, com Trump. Os dois vivem aparecendo em público juntos. Donald já ofendeu minha viúva, Laurene, por ter ações da Atlantic, uma revista que já o criticou. A coisa ficou pessoal.
Mas tenho que dar o braço a torcer porque Tim teve uma atitude louvável: deixou nossos funcionários votarem em horário de trabalho, sem que deixassem de receber por esse período. Achei democrático, como a Apple deve ser.
Essa eleição tem sido ótima pra Apple e as outras big techs. Dificilmente ações mais rígidas contra essas empresas serão aprovadas com consenso. Os investidores perceberam e as ações subiram! Bom para gente, ruim para vocês.
Qual o veredito?
Negativo: nem a Apple e nem as outras Big Techs estão, de fato, preocupadas em combater os problemas das eleições. O foco está em se blindar de interferências políticas, mesmo que isso machuque a democracia. Não compactuo com isso.
Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.