Ano novo, Galaxy novo. A nossa concorrente Samsung já revelou seu novo celular top de linha. E tudo bem! Também não vou deixar a poeira baixar e vou logo dar minhas opiniões sobre o Galaxy S21!
Vou começar pelo que salta aos olhos: o design. Nunca pensei que fosse dizer isso de um celular da Samsung. Mas eu adorei. A forma com que a câmera se integra ao resto do aparelho é muito inteligente. O desenho é coeso e simples. Exatamente como eu gosto.
Mas relatos dizem que as peças de plástico do celular são riscadas facilmente. Péssimo. Escolheram uma tela resistente, o que é incrível, mas a beleza também está nos detalhes. A mensagem que passa é que o S21 não deve durar.
Dou meu braço a torcer ao novo sensor de digitais, maior que os anteriores. Mesmo com tecnologias mais avançadas, como o reconhecimento facial, em tempos de pandemia os dedos funcionam melhor que identificação com máscaras. Inteligente.
O que continua não sendo muito esperto é a usabilidade. Há dezenas de nomes bonitinhos que não dizem nada. Para entender “Pasta segura” ou “Ligar texto em outros dispositivos” você talvez entre no Google. Nada é intuitivo na interface dele.
A linha S21 vem sem carregador. Era a chance deles se darem bem com nossa mancada. E disso entendo bem: o iPhone surgiu porque a Microsoft focava em canetinhas para telas. Revolucionei sugerindo o uso dos dedos no smartphone.
Outra tentativa de emular a gente, mas dessa vez com sucesso, é a compatibilidade com desktops. Nunca um aparelho funcionou tão bem com PCs. Isso é ótimo, mas fazemos isso com iPhones-MacOS há anos. Ainda sim, é um passo importante. Bem legal.
Também gostei das câmeras. A maioria não mudou desde o S20, mas o zoom do modelo Ultra é inacreditável. Ainda não dá para fotografar pessoas em balões, mas é melhor que o zoom da câmera do iPhone. Talvez eu esteja enciumado.
Mas o que me deixou ensandecido foi que apps nativos da Samsung estão exibindo propagandas. A Apple vai pelo caminho oposto, deixando o usuário fragmentar o uso de apps, e vocês fazem o cliente assistir anúncios? Patético.
Qual o veredito?
Negativo. O celular não é ruim. Longe disso, mas, tentando ser bem imparcial, o iPhone é melhor. E, no fim das contas, é sobre isso que a gente está conversando aqui. Os acertos são bons, mas os erros são brutais. Espero que na próxima vez copiem nossas partes boas.
Aqui a gente faz um exercício de imaginação para saber o que Steve Jobs, sarcástico como só ele, acharia dos lançamentos atuais. Quinzenalmente em Tilt.