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Fundador da Amazon resgata no mar motores da Apollo 11

Em Washington

21/03/2013 16h42

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, anunciou que alcançou seu objetivo de recuperar os motores da Apollo 11, que levou os primeiros homens à Lua e que estavam no oceano Atlântico há mais de 40 anos.

"Encontramos muitas coisas", afirmou Bezos ao pisar em terra após três semanas em alto-mar por conta da sua missão Expedição Bezos.

"Descobrimos um maravilhoso mundo submarino, um incrível jardim de esculturas de motores F-1 entrelaçados que contam a história de um final violento, que serve de prova do programa Apollo", escreveu.

Os motores F-1 foram usados no foguete gigante Saturn V, que conduziu o módulo da Apollo 11 da Terra até o espaço. Eles queimaram por algum tempo após o lançamento e depois se desacoplaram do módulo, caindo no Atlântico.

Bezos apontou que sua equipe vai realizar um trabalho de restauração, apesar de os números originais de série dos motores já terem sido apagados, o que complicou a sua identificação.

"Os objetos em si são magníficos. Fotografamos muitos objetos belos no lugar e recuperamos muitas peças de qualidade. Cada peça que trazemos evoca, para mim, milhares de engenheiros que trabalharam de forma conjunta para conseguir o que, naquele momento, se pensava que seria algo impossível", confessou.

Bezos afirma que sua equipe terá componentes suficientes para realizar uma exposição dos dois motores de voo F-1 e que a restauração estabilizará o hardware e impedirá uma maior corrosão.

"Queremos que o hardware nos conte sua verdadeira história, incluindo sua reentrada na atmosfera a 8.000 quilômetros por hora e o impacto na superfície do oceano", afirmou.

Ainda não se sabe quando ou onde serão expostos os objetos, mas Bezos pretendia colocá-los no Museu Nacional do Ar e do Espaço Smithsonian, em Washington, nos Estados Unidos.

Os motores impulsionaram o astronauta Neil Armstrong e sua equipe em uma viagem à Lua, em 1969, e se encontravam submersos nas profundezas do oceano Atlântico, onde foram encontrados com o uso de sofisticados equipamentos de tecnologia de sonar. Bezos recorreu a fundos privados para trazer à superfície os motores F-1 que estavam submersos a 4.267 metros de profundidade.

"Este é um achado histórico e parabenizo a equipe por sua determinação na recuperação destes importantes artefatos de nossos primeiros esforços para enviar seres humanos além da órbita da Terra", afirmou Charles Bolden, diretor da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), que recebeu a notícia com alegria.

"Esperamos ansiosamente a restauração destes motores por parte da equipe de Bezos e aplaudimos o desejo de Jeff de fazer com que estes artefatos históricos sejam expostos ao público", acrescentou.