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Países chegam a consenso em Varsóvia sobre texto preparatório para 2015

Em Varsóvia

23/11/2013 16h17

Um acordo de princípios foi alcançado neste sábado (23) sobre as bases da conferência de 2015, em Paris, uma das questões mais disputadas da conferência do clima de Varsóvia.

O texto ainda precisa ser formalmente aprovado para ser considerado parte do "Acordo de Varsóvia", que deve incluir um capítulo especial sobre a assistência financeira aos países mais vulneráveis às mudanças climáticas.

A comunidade internacional se comprometeu a firmar em Paris um acordo de redução dos gases causadores do efeito estufa, que entrará em vigor em 2020.

Esse acordo envolverá todos os países, será legalmente vinculante e limitará o aquecimento do planeta a 2°C em relação ao período pré-industrial. Hoje, a alta da temperatura se situa em uma trajetória de quase 4ºC.

Alcançado durante sessão plenária, o compromisso foi formulado após mais de uma hora de discussões informais e em um canto da sala, entre os chefes das delegações, quando um impasse sobre esta questão ameaçava inviabilizar a conferência.

O texto propõe que os Estados preparem "contribuições" sobre o que pretendem fazer para lutar contra as mudanças climáticas. Essas contribuições serão incluídas no acordo a ser firmado em 2015, em Paris, sobre as reduções das emissões de gases causadores do efeito estufa.

Esta formulação é menos rigorosa do que o texto apresentado anteriormente, rejeitado por grandes países emergentes, como China e Índia, e que incluía "compromissos".

A sessão plenária do fechamento da conferência, iniciada em 11 de novembro, também aprovou o texto sobre a ajuda dos países do Norte ao Sul, outro tema muito polêmico.

Não foi aprovado, porém, o texto sobre a criação de um mecanismo para as "perdas e danos" sofridas pelos países do Sul devido ao aquecimento global.

"Não há consenso sobre esse texto", afirmou o delegado egípcio em nome do G-77 (formado por países em desenvolvimento) e da China, pedindo "mais tempo" para negociar.

O presidente da conferência, o ministro polonês do Meio Ambiente, Marcin Korolec, deu cerca de "15 minutos" para que se chegasse a um acordo sobre esse ponto, no fim da sessão plenária.