Sonda da Nasa se prepara para mergulho da morte em Mercúrio
Uma sonda da Nasa que circulou Mercúrio durante os últimos quatro anos vai dar um mergulho para a morte na superfície do planeta no final de abril, quando ficará sem combustível. A sonda MESSENGER (sigla em inglês para Superfície, Espaço, Ambiente, Geoquímica e Alinhamento de Mercúrio) vai terminar sua corrida, como planejado, por volta de 30 de abril, disse a agência espacial norte-americana.
Sua missão foi inicialmente apenas para durar um ano, mas como estava operando bem e retornando dados interessantes e descobertas, os cientistas prolongaram sua vida o máximo que podiam.
A principal descoberta da MESSENGER ocorreu em 2012: uma espessa camada de gelo nas regiões polares de Mercúrio, fornecendo "apoio convincente para a hipótese de que o planeta abriga abundante água congelada e outros materiais voláteis em suas crateras polares permanentemente sombreadas", segundo a Nasa.
"Pela primeira vez os cientistas começaram a ver claramente um capítulo na história de como os planetas internos, incluindo a Terra, adquiriram água e alguns dos blocos químicos de construção da vida", explicou a agência em comunicado.
Os cientistas acreditam que o planeta mais próximo do Sol provavelmente obtiveram sua água quando cometas e asteroides voláteis ricos fizeram impacto, em algum momento da História.
A MESSENGER foi lançada em 2004 e viajou por mais de seis anos antes de finalmente começar a orbitar Mercúrio em 18 de março de 2011.
Uma vez que a sonda não tripulada é colocada para fora do propulsor, ela não será mais capaz de lutar contra o impulso para baixo da gravidade do Sol e vai cair, atingindo o planeta a mais de 234,6 km/h no lado do planeta que não dá para a Terra.
Não são esperadas imagens do impacto.
"Pela primeira vez na história temos um conhecimento real sobre o planeta Mercúrio, que nos mostra um mundo fascinante como parte de nosso Sistema Solar diversificado", disse John Grunsfeld, administrador associado da diretoria de Missões Científicas da Nasa.
Os cientistas vão continuar a analisar os dados obtidos a partir da MESSENGER durante os próximos anos, disse ele.
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