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Missão da nave espacial Dawn da Nasa acaba após ficar sem combustível

01/11/2018 19h01

Washington, 1 Nov 2018 (AFP) - Dawn, uma nave espacial da Nasa lançada há 11 anos, que estudou dois dos maiores objetos do cinturão de asteroides, terminou sua missão após ficar sem combustível, anunciaram autoridades nesta quinta-feira.

Os cientistas sabiam há cerca de um mês que a Dawn estava essencialmente sem a hidrazina, o combustível que mantinha a antena da nave voltada para a Terra e ajudava seus painéis solares a se orientarem para o Sol para recarregar.

Uma vez que a espaçonave perdeu a comunicação programada com a Deep Space Network da Nasa na quarta e na quinta-feira, a agência espacial declarou oficialmente que estava morta.

"O fato de a placa no meu carro dizer 'Meu outro veículo está no cinturão principal de asteroides' mostra o orgulho que sinto pela Dawn", disse o diretor de missão e engenheiro-chefe Marc Rayman em um laboratório da Nasa.

"As exigências que colocamos na Dawn foram enormes, mas ela sempre enfrentou o desafio. É difícil dizer adeus a esta incrível nave espacial, mas está na hora".

Thomas Zurbuchen, administrador associado da Direção de Missões Científicas da Nasa em Washington elogiou a "ciência vital" e os "incríveis feitos técnicos" da Dawn.

Ela se tornou a única nave espacial a orbitar um corpo cósmico no cinturão principal de asteroides entre Marte e Júpiter em 2011, quando começou a circundar o asteroide Vesta.

Mudou-se para o planeta anão Ceres em 2015, tornando-se a primeira nave a visitar um planeta com essas características e a única em sua órbita, recordou a Nasa.

A nave não tripulada viajou 6,9 bilhões de quilômetros desde o seu lançamento, em 2007.

Espera-se que permaneça em órbita em Ceres por décadas, mas não será mais capaz de se comunicar com a Terra.

Zurbuchen disse que o aprendizado científico da missão da Dawn continuará. "As imagens e dados surpreendentes que Dawn compilou de Vesta e Ceres são fundamentais para entender a história e a evolução do nosso sistema solar", afirmou.