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Massa de ossos: fósseis de 220 milhões de anos são achados na Argentina

Foto divulgada pelo Instituto e Museu de Ciências Naturais (IMCN) da Universidade de San Juan de um fóssil de 220 milhões de anos no Parque Nacional Ischigualasto, em San Juan, Argentina - HO/IMCN/AFP
Foto divulgada pelo Instituto e Museu de Ciências Naturais (IMCN) da Universidade de San Juan de um fóssil de 220 milhões de anos no Parque Nacional Ischigualasto, em San Juan, Argentina Imagem: HO/IMCN/AFP

Da AFP, em Buenos Aires

17/04/2019 20h28

Um cemitério de dinossauros de 220 milhões de anos foi descoberto no oeste da Argentina, com fósseis de ao menos uma dezena de exemplares, anunciou nesta quarta-feira uma fonte científica.

"Trata-se de um bloco, uma verdadeira acumulação de ossos, há cerca de dez indivíduos. É uma massa de ossos contra ossos acumulados, praticamente não há sedimentos. É como se tivessem feito um poço e enchido de ossos. É realmente impressionante", contou o paleontólogo argentino Ricardo Martínez.

Segundo Martínez, pesquisador do Instituto e Museu de Ciências Naturais da Universidade de San Juan (IMCN), "estes fósseis pertencem à bacia de Ischigualasto, corresponde a 220 milhões de anos, uma época da qual não se conhece muito da fauna".

O cemitério foi encontrado em setembro do ano passado na província de San Juan (1.100 km ao oeste de Buenos Aires).

A descoberta "tem dupla importância porque há pelo menos sete ou oito indivíduos de dicinodontes, que são os antecessores dos mamíferos, do tamanho de um boi, e outros arcossauros (répteis) que não sabemos ainda o que são, podem ser dinossauros ou um antecessor dos crocodilos de grande tamanho", explicou o cientista.

A descoberta desta "cama de ossos" de cerca de dois metros de diâmetro e que pode ter um ou dois metros de profundidade foi divulgada pela Agência de Ciência, Técnica e Sociedade da Universidade de La Matanza (CTyS-UNLaM).

Os pesquisadores acreditam que "pode ter havido uma época de grande seca e que ali havia um corpo de água, um pequeno lago em que os herbívoros se amontoavam para beber e, à medida que a água evaporava, iam enfraquecendo e morrendo no local".

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