Sete ativistas do Greenpeace são presos em Durban durante protestos
Um grupo de sete ativistas do Greenpeace foi detido nesta segunda-feira em Durban por um protesto durante a 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-17), confirmou o diretor-executivo do grupo, Kumi Naidoo.
Os ambientalistas (quatro sul-africanos, um alemão, um dinamarquês e um australiano) foram presos ao colocarem um cartaz com a mensagem "Escutem o povo e não os poluidores" no terraço de um hotel de Durban onde era realizada uma reunião empresarial paralela à cúpula da ONU.
"Foram acusados de invasão de propriedade", informou Naidoo em entrevista coletiva, revelando que os ativistas estão detidos "em boas condições em uma delegacia de polícia".
O chefe do Greenpeace acrescentou que as sete pessoas "serão postas em liberdade" ao longo do dia, após o pagamento de uma multa.
O protesto tinha como objetivo denunciar a chamada "dúzia suja" das corporações que, segundo a organização ambientalista, manipulam políticos para impedir o avanço de um acordo global contra a mudança climática.
"Muitas empresas falam em verde, mas trabalham sujo", ressaltou Naidoo sobre essas companhias, entre elas a petrolífera Royal Dutch Shell, o gigante do aço ArcelorMittal e a mineradora BHP Billiton.
Cerca de 20 mil delegados e observadores de quase 200 países participam em Durban da COP-17, realizada de 28 de novembro a 9 de dezembro.
As reuniões de alto nível, que começam nesta terça-feira, irão desempenhar um papel essencial na discussão de assuntos como a renovação do Protocolo de Kyoto, que expira no final de 2012.
O protocolo, que foi assinado em 1997 e entrou em vigor em 2005, estabeleceu compromissos legais vinculados à redução de emissões de gases efeito estufa para 37 países desenvolvidos, com exceção dos Estados Unidos.
Os negociadores esperam formalizar um segundo período de compromisso que sirva de transição a um novo acordo internacional juridicamente vinculativo.
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