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Arqueólogos descobrem construções do século 18 a.C. no Egito

No Cairo

19/03/2013 10h40

Uma equipe de arqueólogos egípcios descobriu vestígios de enormes construções fortificadas no povoado dos hicsos, as quais são datadas do século 17 a.C., na Península do Sinai, informou o Ministério de Antiguidades do Egito.

De acordo com o ministro de Antiguidades do país, Mohammed Ibrahim, os vestígios fazem parte de edificações de dois andares com várias salas e que foram erguidas com blocos de barro na área de Tel Habua, sitada a uns três quilômetros do Canal de Suez.

No interior das construções, os arqueólogos encontraram sepulturas com ossadas de animais e de pessoas feridas com flechas e lanças, o que pode evidenciar a violência dos combates mantidos na região, apontou Ibrahim em comunicado.

O ministro também fez alusão à guerra na qual o exército do faraó Amosis venceu e expulsou os hicsos para estabelecer a 18º dinastia, com a qual se iniciou o Império Novo.

Por sua parte, o chefe da equipe de arqueólogos do Norte do Sinai, Mohammed Abdel Maqsud, assinalou que também há sinais de fogo nessas construções. Entre os achados figuram vários armazéns do Exército faraônico e silos para conservar cereais, alguns deles de forma circular, de quatro metros de diâmetro e com uma capacidade para guardar mais de 280 toneladas.

Também havia outros silos retangulares, com trinta metros de comprimento e quatro metros de largura, que datam da época dos faraós Tutmosis 3º e Ramsés 2º, do Império Novo.

O ministro de Antiguidades destacou que está desenvolvendo um projeto para preservar esta descoberta, dada sua importância na história militar do Egito.

Anteriormente, nesta mesma região, foram descobertas 11 fortalezas militares que integravam o sistema defensivo do Exército faraônico, que protegia o Egito das invasões estrangeiras.

Os hicsos foram um povo guerreiro semítico procedente da Ásia que dominaram o Egito durante 150 anos, desde 1730 a.C., e constituíram as dinastias 15 e 16, as últimas do Médio Império.