Max Planck ganha Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional
A Sociedade alemã Max Planck para a Promoção das Ciências, que reúne mais de 80 institutos e centros de pesquisa, obteve nesta quarta-feira (12) o Prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional, informou a fundação que concede a condecoração.
Além de sua atividade na Alemanha, a sociedade Max Planck participa de mais de 2.000 projetos de cooperação e emprega mais de 21,5 mil pessoas, com quase 6.000 parceiros em mais de cem países. Desde 1948, quando foi fundada, 17 de seus cientistas receberam o prêmio Nobel.
O júri da fundação elogiou a interdisciplinaridade da sociedade e "a estreita cooperação entre centros de investigação e universidades de todo o mundo que trabalham com a rede Max Planck, gerando equipes de jovens cientistas altamente qualificados e comprometidos com as áreas de investigação mais avançadas que se desenvolvem no mundo".
A cooperação internacional é um dos pilares do trabalho da Sociedade Max Planck, como demonstra o fato de um terço dos diretores de instituto e metade dos estudantes de doutorado terem nacionalidade distinta da alemã.
Atualmente, a sociedade conta com 82 institutos dedicados a diversas disciplinas, em áreas como ciências naturais e sociais. Alguns exemplos, que comprovam a variedade dos temas estudados, são o Instituto Max Planck de Astrofísica e o Instituto Max Planck para a Pesquisa de Sociedades Multiétnicas e Multirreligiosas.
Os institutos são criados a partir do pedido de um cientista de elite, que tem carta branca para definir como será sua atuação e equipe. Segundo o presidente da sociedade, Peter Grüss, a tarefa fundamental do organismo é "explorar as fronteiras do conhecimento".
Desde 1998, a Sociedade Max-Planck tem um programa de cooperação com universidades para atrair estudantes de doutorado para a Alemanha.
A organização oferece prêmios aos melhores doutorandos e oferece condições financeiras para que continuem suas pesquisas. A sociedade deve seu nome ao prêmio Nobel de física Max Planck, que após a Segunda Guerra Mundial foi um dos criadores da instituição.
Nos últimos anos o Prêmio Príncipe de Astúrias de Cooperação Internacional foi concedido para a Cruz Vermelha e a Meia Lua Vermelha, em 2012, e para o americano Bill Drayton, fundador e presidente da Ashoka, a maior associação de empreendedores do mundo, em 2011.
Este é o sexto dos oito prêmios concedidos anualmente pela Fundação Príncipe de Astúrias. Já foram divulgados os vencedores dos prêmios de Artes, Ciências Sociais, Comunicação e Humanidades, Investigação Científica e Técnica e Letras.
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