Astrônomos registram detalhes do nascimento violento de uma estrela
Uma equipe internacional de astrônomos obteve umas das melhores e mais completas imagens conseguidas até hoje do violento nascimento de uma estrela, refletindo com grande nitidez as emanações de material vindas dela.
Foi possível captar na estrela Harbig-Haro 46/47, no instante de seu nascimento, um novo jato de matéria que até então tinha passado despercebido, informou nesta terça-feira em comunicado o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).
Esta nova procedência - impossível de ver em luz visível, pelo gás e o pó - poderia vir de uma estrela irmã e de menor tamanho que a Harbig-Haro 46/47, explicaram os astrônomos.
Os pesquisadores constataram que a energia dos jatos de matéria emitidos eram maiores do que se pensava. A observação foi possível graças à tecnologia do instrumento empregado, o maior radiotelescópio do mundo, o ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), que fica no Deserto do Atacama.
O principal autor do estudo, o professor porto-riquenho da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, Héctor Arce, assegurou que "a grande sensibilidade de ALMA permite detectar características nunca antes vistas neste objeto".
O nível de detalhe é o mais relevante da pesquisa, já que o nascimento em si foi "muito similar" ao da maioria de estrelas remotas de baixa massa, explicou Diego Mardones, da Universidade do Chile.
As imagens foram captadas em apenas cinco horas dentro do tempo de observação de ALMA, o que precisaria de dez vezes mais tempo com outros telescópios.
"O detalhe conseguido nas imagens de Harbig-Haro 46/47 é impressionante", acrescentou Stuartt Corder, coautor da pesquisa, que será publicada em breve na revista científica especializada Astrophysical Journal.
Arce previu "muitas surpresas e fascinantes descobertas" no campo da pesquisa estelar no futuro graças ao telescópio ALMA.
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