Cometa 67/P é rígido como gelo e possui moléculas orgânicas
Rígido como o gelo e com moléculas orgânicas, que ainda estão sendo analisadas para que possam ser identificadas: assim são as particularidades do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, observadas a partir dos primeiros resultados dos experimentos científicos do módulo Philae, que aterrissou na quarta-feira (12) passada na superfície do cometa.
A Agência Espacial Europeia (ESA) informou nesta terça-feira (18) que a missão da nave-mãe Rosetta continua, após a aterrissagem do pequeno laboratório Philae, que desde 15 de novembro está em repouso porque não recebe luz solar suficiente para carregar seus paineis solares, que alimentam a bateria. Contudo, a bateria que levava a bordo, com autonomia para dois dias, permitiu fazer algumas descobertas importantes com seus dez instrumentos a uma distância de 511 milhões de quilômetros, acrescentou a ESA.
Philae trabalhou mais de 60 horas sem interrupção e mandou os dados para a Rosetta -- a cada possibilidade de comunicação que teve. Para os cientistas, a superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko é muito diferente do que pensavam até agora. Ainda conforme a agência, o sensor acoplado ao robô, Mupus, não conseguiu martelar a superfície do cometa por conta de sua rigidez.
"Embora tenhamos aumentado gradualmente a potência do martelo [que faz a perfuração], não conseguimos perfurar profundamente o solo", disse o professor Tilman Spohn do Instituto de Pesquisas Planetárias da Agência Espacial Alemã.
A broca SD2, o último dos dez instrumentos ativados, realizou testes no solo e descobriu as primeiras moléculas orgânicas, que ainda estão sendo analisadas.
A sonda Rosetta, que acompanhará o cometa até o final do próximo ano, quando se aproximar do Sol, proporciona 80% dos dados científicos e o Philae cobrirá os 20% restantes. A nave-mãe já detectou, por exemplo, que o cometa emite vapor d'água.
Os cometas são os corpos celestes mais antigos do Universo e acredita-se que podem ter trazido água e vida para a Terra no momento da grande explosão.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.