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Arqueólogos podem ter encontrado ossada de Cervantes em Madri

Pedaços de metal corroídos, fragmentos de madeira e um cartaz com as iniciais MC poderiam ajudar a confirmar o local de descanso do escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor de "Dom Quixote", no Convento das Trinitárias Descalças em Madri. Cientistas usaram câmeras de infravermelho e scanners 3D para encontrar as cinco áreas da igreja no convento que poderiam conter restos humanos -- incluindo possivelmente o corpo de Cervantes - Sociedad de Ciencia Aranzadi/AFP
Pedaços de metal corroídos, fragmentos de madeira e um cartaz com as iniciais MC poderiam ajudar a confirmar o local de descanso do escritor espanhol Miguel de Cervantes, autor de "Dom Quixote", no Convento das Trinitárias Descalças em Madri. Cientistas usaram câmeras de infravermelho e scanners 3D para encontrar as cinco áreas da igreja no convento que poderiam conter restos humanos -- incluindo possivelmente o corpo de Cervantes Imagem: Sociedad de Ciencia Aranzadi/AFP

26/01/2015 14h49

A equipe que procura os restos mortais de Miguel de Cervantes na igreja das Trinitárias de Madri, onde acredita-se que foi enterrado, encontrou um caixão em mal estado com as iniciais MC, e agora analisará se a ossada encontrada corresponde a do escritor, informaram à Agência EFE fontes municipais.

No nicho número 1 da cripta se encontrou uma tábua de madeira muito deteriorada com barras de ferro que formam as iniciais M.C. - que coincidem com as de Miguel de Cervantes -, e agora se estudará se os restos associados a ele são do autor de Dom Quixote, morto em 1616.

Os técnicos iniciaram a fase legista e antropológica da busca de Cervantes, que consiste em estudar se em algum dos 36 nichos ou das várias sepulturas descobertas no subsolo estavam seus restos mortais.

A descoberta da tábua aconteceu ontem ao meio-dia, "quase no primeiro golpe de picareta", e foi uma "surpresa" que causou "grande expectativa" na equipe, informaram à EFE fontes ligadas aos pesquisadores.

Apesar do achado, os pesquisadores consideram que "tudo está em aberto" e que não há "conclusões" definitivas, embora um dos diretores do projeto tenha dito à EFE estar convencido de que se trata de um avanço "muito importante", apesar de o trabalho dos legistas ser o que vai determinar se se trata realmente daquilo que estão procurando