Primeiro nanossatélite construído no Brasil registra falha e está inoperante
O primeiro nanossatélite desenvolvido e construído integralmente no Brasil, que estava em órbita há um mês, foi declarado inoperante devido a uma falha no sistema de abertura de uma antena de transmissão, informou nesta quarta-feira a Agência Espacial Brasileira (AEB).
O "CubeSat AESP-14", lançado através da Estação Espacial Internacional no dia 5 de fevereiro, deveria ter colocado em funcionamento sua antena 30 minutos depois do lançamento, procedimento necessário para o envio de dados à Terra. Porém, o equipamento não funcionou.
Os técnicos do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), responsáveis pela operação, tentaram vários métodos para reverter o problema da antena até que a bateria do nanossatélite acabou 15 dias depois de entrar em órbita.
Com uma dimensão de 10 centímetros cúbicos e peso de 700 gramas, o nanossatélite deveria ter três meses de vida útil, tempo durante o qual transmitiria uma sequência de cem arquivos armazenados.
O aparelho foi enviado à Estação Espacial Internacional depois de passar por uma bateria de testes nos laboratórios do Instituto Nacional de Investigação Espacial (INPE), em São José dos Campos, no estado de São Paulo.
A equipe do ITA responsável pelo satélite, coordenada por Pedro Teixeira, garantiu que, apesar da falha, o objetivo do projeto foi cumprido em parte, já que se a formou mão de obra capaz de construir um protótipo dessas características.
A AEB apoiou técnica e financeiramente a construção do "CubeSat AESP-14", cujo custo de produção foi de R$ 400 mil, e desenvolvido pelo ITA em parceria com o INPE.
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