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Pesquisadores descobrem fósseis de baleias de 40 milhões de anos no Egito

Fóssil de baleia que pode ser visto em Wadi al Hitan ("Vale das Baleias") no deserto no Egito. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, um novo lote de fósseis foi descoberto na área - Wikimedia Commons/Wikipedia
Fóssil de baleia que pode ser visto em Wadi al Hitan ("Vale das Baleias") no deserto no Egito. Segundo o Ministério do Meio Ambiente, um novo lote de fósseis foi descoberto na área Imagem: Wikimedia Commons/Wikipedia

No Cairo

02/06/2015 15h20

Pesquisadores egípcios descobriram uma nova jazida de fósseis de baleias de aproximadamente 40 milhões de anos ao sudoeste do Cairo, entre os quais destaca o esqueleto de cetáceo mais completo já encontrado no mundo, segundo o ministro do Meio Ambiente do Egito, Khaled Fahmi.

Em entrevista coletiva no Cairo, Fahmi explicou que o descobrimento foi feito em Wadi al Hitan (Vale das Baleias), situado na província de Al Fayum e famoso por abrigar uma grande quantidade de fósseis de cetáceos, ordem à qual pertencem as baleias.

Entre os novos restos encontrados, os destaques foram o basilossauro, por ser a maior e melhor conservada baleia fossilizada, com 18 metros de comprimento e um esqueleto inteiro que conserva até as menores vértebras da cauda.

Além disso, o ministro anunciou a descoberta de restos ósseos de criaturas marinhas no interior do estômago desse cetáceo, o que revela o tipo de alimentação e a fauna que existia na região há 40 milhões de anos.

Os especialistas encontraram também ao lado do basilossauro uma grande quantidade de presas de tubarões, que supõe-se que tenham se alimentado da baleia.

Por outro lado, Fahmi informou que a Itália está ajudando na preservação da região e na criação do que será o primeiro museu de fósseis do Oriente Médio. Segundo o ministro, o museu mostrará a história geológica da região e as mudanças que ocorreram em Al Fayum, e será inaugurado em breve.

O vale das Baleias representa apenas uma pequena parte dos 1.759 quilômetros quadrados que ocupa a área de Wadi Raiam em Al Fayum. Em 2005, a existência de esqueletos fósseis de cetáceos levaram a Unesco a declarar a região como Patrimônio Natural da Humanidade.