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Nave tripulada Soyuz chega com sucesso à Estação Espacial Internacional

O foguete Soyuz-FG foi lançado do Cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão - Pavel Golovkin/AP
O foguete Soyuz-FG foi lançado do Cosmódromo russo de Baikonur, no Cazaquistão Imagem: Pavel Golovkin/AP

Em Moscou

23/07/2015 00h53

A nave tripulada russa Soyuz TMA-17M se acoplou nesta quinta-feira (22) com sucesso à Estação Espacial Internacional (ISS), apesar de um de seus dois painéis solares não ter funcionado durante o voo, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

O acoplamento ocorreu às 5h46 no horário de Moscou (23h46 em Brasília), no piloto automático. Estão a bordo da Soyuz o russo Oleg Kononeko, o americano Kjell Lindgren e o japonês Kimiya Yui.

O voo da nave em direção à ISS teve uma duração de pouco menos de seis horas, já que se utilizou a chamada "trajetória rápida", que permite à Soyuz chegar ao local após dar quatro voltas na Terra.

As escotilhas serão abertas depois de o acoplamento ser verificado. Além disso, é preciso igualar a pressão da Soyuz e da ISS, processo que habitualmente leva algumas horas.

Os recém-chegados se somarão aos atuais três tripulantes da estação especial: os russos Mikhail Kornienko e Gennadi Padalka, e o americano Scott Kelly.

Um porta-voz da Roscomos, a agência espacial russa, citado pela agência oficial "RIA Novosti", indicou o painel solar esquerdo da nave apresentou problemas durante o voo. Porém, o funcionamento de apenas um dos equipamentos garante a energia necessária à Soyuz.

Uma situação similar foi registrada em setembro de 2014 com a Soyuz TMA-14M, que também se acoplou sem problemas à ISS.

A chegada da Soyuz TMA-17M ocorre com dois meses de atraso devido problemas enfrentados recentemente pelo programa espacial russo. Em abril, por exemplo, um cargueiro Progress que levava provisões para a plataforma orbital se perdeu no espaço.

A ISS, um projeto de mais de US$ 100 bilhões e que conta com o apoio de 16 países, orbita a uma velocidade de mais de 27 mil km/h a uma distância de 400 quilômetros da Terra.