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China e Rússia assinarão acordo para lançar missões tripuladas à Lua

Nasa /JPL-Caltech /Space Science Institute
Imagem: Nasa /JPL-Caltech /Space Science Institute

Em Pequim

28/08/2017 03h10

China e Rússia assinarão acordo para aprofundar sua cooperação espacial, que incluirá a possibilidade de missões tripuladas conjuntas à Lua, informou nesta segunda-feira o jornal "Diário do Povo".

O acordo será assinado possivelmente em outubro próximo para estabelecer a cooperação conjunta entre 2018 e 2022, e incluirá cinco áreas, entre as quais se destaca o possível retorno do homem à Lua e novas missões não tripuladas para o espaço distante.

Além disso, se incluirá o desenvolvimento de materiais especiais, a cooperação em satélites, a gestão da sucata espacial e a teleobservação da Terra, acrescentou o jornal, porta-voz do Partido Comunista da China.

O meio lembra que este não será o primeiro acordo espacial entre Pequim e Moscou, mas sim o primeiro que cobre um período de cinco anos, o que permitirá estabelecer objetivos mais ambiciosos.

Devido a problemas orçamentais, a Rússia não pôde manter o nível de ambição da antiga União Soviética no terreno espacial, enquanto que a China tem um orçamento muito amplo, ainda que secreto, mas menos experiência.

O programa espacial chinês é extremadamente ambicioso: nos próximos meses está previsto o lançamento de uma missão que trará à Terra amostras da Lua, e em 2018 lançará o primeiro módulo da sua estação espacial própria, que espera concluir em 2022.

Além disso, a China prevê enviar em 2020 uma missão a Marte com um veículo robô para pesquisas científicas, e no ano passado inaugurou o maior radiotelescópio do mundo, com meio quilômetro de diâmetro.