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Astrônomos mapeiam pela primeira vez poeira e bolhas na nebulosa Saturno

Imagem captura bolhas iluminadas em tons de azul e rosa na nebulosa Saturno - European Southern Observatory/EFE
Imagem captura bolhas iluminadas em tons de azul e rosa na nebulosa Saturno Imagem: European Southern Observatory/EFE

Em Berlim

27/09/2017 13h27

Uma equipe internacional de astrônomos mapeou pela primeira vez a nebulosa Saturno e captou uma imagem das intricadas estruturas de sua poeira, que inclui bolhas, um halo e uma curiosa forma ondulada, iluminadas em tons de azul e rosa.

Segundo explicou o Observatório Europeu Do Sul (ESO) em um comunicado, foi possível chegar a essa imagem graças ao potente instrumento MUSE instalado no telescópio VLT (Very Large Telescope) do Observatório Paranal (Chile).

O mapa da nebulosa Saturno, aponta, ajudará os astrônomos a compreender como as nebulosas planetárias desenvolvem suas estranhas formas e simetrias e o seu papel na vida e na morte das estrelas de baixa massa.

A nebulosa Saturno está situada a cerca de 5 mil anos luz, na constelação de Aquário e seu nome deriva de sua estranha forma, parecida com o planeta.

Mas as nebulosas planetárias não têm nada a ver com os planetas; a nebulosa Saturno era originalmente uma estrela de baixa massa que se expandiu para o gigante vermelho ao final de sua vida e começou a liberar a matéria de suas camadas mais externas.

Esse material foi arrastado por fortes ventos estelares e excitado pela radiação ultravioleta gerada pelo quente núcleo que iam deixando atrás, criando uma nebulosa circunestrial de poeira e gás quente de cores vivas.

Na imagem capturada pela equipe liderada por Jeremy Walsh, da ESO, é possível ver que no coração da nebulosa Saturno estão os restos da estrela, que está em processo de se tornar uma anã branca.

A imagem revela também diversas estruturas na nebulosa, como uma bolha elíptica interior, uma bolha e camada exterior, um halo e uma zona em forma de onda na poeira.

Os astrônomos estudam agora, por exemplo, por que cai significativamente a quantidade de poeira na bolha interna, que é essencialmente uma onda expansiva que se estende.

Segundo acreditam, pode estar rompendo os grãos de poeira e destruindo-os, ou pode estar produzindo um efeito de aquecimento extraordinário que evapora a poeira.