Cientistas confirmam teoria de Einstein ao observar buraco negro
O Observatório Espacial Europeu (ESO, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (26) que conseguiu comprovar pela primeira vez, em suas instalações no Chile, os efeitos previstos por Albert Einstein em sua Teoria Geral da Relatividade sobre o movimento de uma estrela perto de um buraco negro supermassivo.
Os astrônomos da ESO puderam acompanhar o movimento da estrela S2 quando passava em maio passado a menos de 20 bilhões de quilômetros do buraco negro e se movimentando a uma velocidade de pouco mais de 25 milhões de quilômetros por hora.
Para acompanhar essa estrela utilizaram as observações infravermelhas feitas com os instrumentos Gravity, Sinfoni e Naco, localizados no Very Large Telescope (VLT) no norte do Chile, explicou em comunicado.
Posteriormente compararam os dados obtidos da posição e velocidade da estrela por Gravity e Sinfoni, junto com outras observações prévias feitas com outros instrumentos, com as previsões da gravidade de Newton, da Relatividade Geral e de outras sobre a gravidade.
"Os novos resultados não concordam com os prognósticos newtonianos e se encaixam perfeitamente com as da Teoria Geral da Relatividade ", segundo o ESO.
As novas medições demonstram um efeito conhecido como deslocamento gravitacional ao vermelho, considerado como uma medida da expansão do Universo.
"A luz da estrela se estende em comprimentos de onda mais longas devido ao campo gravitacional muito forte do buraco negro. E a mudança de comprimento de onda da luz da S2 concorda precisamente com o que Einstein predisse em sua Teoria Geral da Relatividade", acrescentou o ESO.
Os responsáveis pelo observatório europeu destacaram que "é a primeira vez que se observou este desvio da teoria gravitacional newtoniana, mais simples, em relação ao movimento de uma estrela perto de um buraco negro supermassivo".
"Mais de cem anos desde que publicou seu documento sobre as previsões da relatividade geral, se demonstrou mais uma vez que Einstein tinha razão, em um laboratório muito mais extremo do que poderia ter imaginado", afirmou o ESO.
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