Desmatamento na Amazônia ameaça aves de extinção
Apesar de a taxa de desmatamento da Amazônia vir apresentando sucessivas quedas de um ano para o outro, a perda de cobertura florestal de mais de 6.000 km² por ano está colocando as aves da região em alto risco de extinção.
O alerta é da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) e da ONG BirdLife International, que divulgaram ontem, quinta-feira, uma atualização da chamada lista vermelha da IUCN de espécies ameaçadas de extinção.
O levantamento mostrou que o risco de extinção aumentou substancialmente para cerca de cem espécies da Amazônia, principalmente aquelas com maior expectativa de vida, como o chororó-do-rio-branco (Cercomacra carbonaria), para o qual mesmo uma taxa moderada de desmatamento pode ter impacto.
A pesquisa também destacou o caso do joão-de-barba-grisalha (Synallaxis kollari), que já teria perdido mais de 80% de seu habitat nas últimas décadas e alcançou o status de criticamente ameaçado - o nível mais preocupante da lista vermelha.
Para os organizadores do estudo, baseado em modelos que projetaram o tamanho e o padrão de desmatamento na Amazônia, o risco de extinção das aves locais tinha sido subestimado até então.
Eles especulam que a mudança em curso do Código Florestal pode levar a um cenário ainda pior nos próximos anos. E clamam para que o governo brasileiro cumpra os compromissos internacionais de combate à perda de biodiversidade e crie novas áreas protegidas.
O levantamento considerou ainda outras regiões do planeta, numa revisão da situação de mais de 10 mil espécies de aves. A situação também se mostrou preocupante no norte da Europa e na África.
No total, 130 espécies são consideradas extintas; 4 extintas na natureza (mas existentes em cativeiro); 197 estão criticamente ameaçadas, 389 ameaçadas; 727 vulneráveis; e 880 quase ameaçadas. As informações são do jornal "O Estado de S.Paulo".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.