Aplicada à medicina, análise de dados pode ajudar a salvar vidas
Os dados são o novo petróleo. A comparação - que já virou clichê - mostra a importância da informação nos dias de hoje. E, se esses dados ganham manchetes quando usados em vazamentos ou fake news, também podem servir para salvar vidas.
"Durante a faculdade, quando estudei Saúde Pública, descobri como os dados são importantes não só para entender um cenário, mas principalmente para a elaboração de políticas públicas efetivas", conta Larissa Cayres, médica que está no segundo semestre da graduação tecnológica em Gestão de Banco de Dados: Data Science, Big Data & Business Intelligence, na Fiap.
"Médicos com qualificação em dados têm capacidade de criar evidências científicas e em uma velocidade maior. Hoje, os processos ainda são muito demorados."
A área da saúde é um dos segmentos no qual a ciência de dados é vista com potencial revolucionário. Receitas podem ser aplicadas com dados corroborados que evitam prescrições incorretas, medicamentos podem ser personalizados e, em escala maior, surtos endêmicos podem ser identificados com referências geográficas, o que permite a otimização de recursos humanos e financeiros, bem como a gestão eficiente da complexa e delicada estocagem de suprimentos.
O curso escolhido por Larissa foi totalmente reformulado para se adequar a essa tendência. Criado em 2004 como tecnólogo de banco de dados, ele teve conteúdo e nomenclatura atualizados em 2017 para contemplar os mais recentes avanços em Big Data e ciência de dados.
"Mas o grande diferencial é propor soluções para problemas reais", explica Humberto Delgado de Sousa, coordenador do curso. "Neste ano, por exemplo, o Santander propôs desafios reais para que os alunos desenvolvessem soluções utilizando inteligência artificial e mineração de dados. Os estudantes se dividiram em grupos para 'prototipar' os projetos e, após validação da empresa, desenvolveram as soluções."
Criatividade
Para pôr em prática o aprendizado, Larissa desenvolveu um projeto que une ciência de dados a gamificação: um jogo de perguntas e respostas em que os dados são processados para criar análises de maneira rápida. Ela desenvolveu o conceito e a lógica do jogo e, com o auxílio de colegas da turma, criou a estrutura para inserção das informações em um banco de dados em nuvem, além da esquematização de métricas e funções para processar as informações.
Inicialmente, o jogo foi desenvolvido para portadores de asma, no qual os usuários respondem a perguntas sobre a condição. A estrutura, todavia, possibilita replicar para outras doenças.
"A ideia é que, por meio das perguntas, seja possível ensinar o mínimo necessário para o paciente controlar e entender sua situação de saúde. Ao mesmo tempo, os médicos, que estão na outra ponta, conseguem perceber os principais déficits de entendimento, melhorar de forma assertiva o atendimento clínico e prevenir o agravamento do quadro", resume Larissa.
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