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De olho em público gamer, TIM acelera a instalação de antenas 5G

Operadora TIM está de olho no público que gosta de jogar pela nuvem usando o celular - Getty Images
Operadora TIM está de olho no público que gosta de jogar pela nuvem usando o celular Imagem: Getty Images

Circe Bonatelli

São Paulo

03/08/2022 10h19

Com a chegada do 5G, a operadora TIM tem feito investimentos mais robustos na instalação de antenas, em uma disputa palmo a palmo com as rivais Vivo e Claro. Na última semana, a companhia instalou 77 equipamentos em Belo Horizonte (50% do total do mercado). Em Porto Alegre, foram 40 (38%) e, em João Pessoa, 22 (43%). "Estamos procurando cobrir as principais áreas de preferência dos clientes para melhorar a sua experiência", afirmou o presidente da TIM, Alberto Griselli, em entrevista ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A operadora criou uma oferta especial para os clientes que quiserem navegar no padrão 5G "puro-sangue" (standalone), que oferece a menor latência (tempo de resposta). Para o usuário comum, há pouca diferença. Já para certas aplicações, como os jogos online, pode ser um diferencial.

Os clientes pós-pagos terão um pacote para "turbinar" os planos com mais 50 GB de internet e navegação ilimitada no Twitch, serviço de streaming de vídeo ao vivo com foco em jogos. O novo pacote estará disponível em breve nas capitais, e a adesão nos primeiros três meses após o seu lançamento garantirá gratuidade pelo período de 12 meses. Após esse período, custará R$ 20 mensais.

"Hoje, é grátis para o cliente experimentar e ver se gosta. Lá na frente, poderemos monetizar", disse Griselli. "Quem não ativar esse booster vai perder a vantagem da latência. Não muda praticamente nada para o usuário comum. É importante para quem usa o cloud gaming (jogos na nuvem)."

Balanço

A TIM fechou o segundo trimestre de 2022 com lucro líquido de R$ 313 milhões, montante 54,1% menor na comparação com o mesmo período de 2021. A operadora, no entanto, teve um aumento expressivo no seu faturamento graças à incorporação de clientes da rede móvel da Oi (a empresa foi adquirida e fatiada entre TIM, Vivo e Claro), bem como pelo reajuste dos planos de telefonia e ganho de clientes.

Por outro lado, teve aumento dos custos operacionais, despesas maiores com pagamento de juros e impostos.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 2,486 bilhões, crescimento de 18,3% na mesma base de comparação. A margem recuou 1,3 ponto porcentual, para 46,3%.

Já a receita líquida totalizou R$ 5,368 bilhões, um aumento de 21,8%. Se fossem desconsiderados os efeitos da aquisição dos ativos móveis da Oi, a receita líquida teria totalizado R$ 4,961 bilhões, o equivalente a uma expansão de 12,6%.

Griselli considerou positivo o balanço do segundo trimestre da companhia a despeito da queda de 54% do lucro na comparação anual. "Nosso momento é extremamente positivo. Várias peças foram se encaixando nos últimos anos para chegarmos até aqui", disse.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.