Presença de Google e Meta no 'Conselhão' de Lula gera incômodo
Soou na Câmara como uma provocação aos deputados a inclusão de representantes de plataformas digitais no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o inchado "Conselhão" que assessora a gestão petista. O convite também incomodou ministros do Supremo Tribunal Federal.
As big techs têm feito forte pressão contra o Projeto de Lei das Fake News, que tramita na Casa com apoio do governo. A postura das empresas é criticada por parlamentares e integrantes do Executivo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomou as reuniões do Conselhão na semana passada e incluiu 246 colaboradores na lista de integrantes. Entre eles estão o diretor da Meta - dona do Facebook, WhatsApp e Instagram - no Brasil, Conrado Leister, e o diretor executivo do Google no Brasil, Fábio Coelho.
O Conselhão assessora Lula na formulação de políticas e diretrizes do governo federal. Integram o amplo colegiado também nomes como o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, e cidadãos de "ilibada conduta e reconhecida liderança".
A SRI afirmou que o Conselhão pretende "ampliar o diálogo entre governo e entre todos os setores da sociedade" e "reunir diferentes setores da sociedade, com opiniões diversas".
Segundo a pasta, os integrantes começaram a ser convidados em janeiro, "muito antes de serem iniciadas as tratativas em torno do projeto de lei que versa sobre fake news".
Iniciativa
Conrado Leister, da Meta, afirmou que o colegiado "é uma importante iniciativa que reúne setor privado e sociedade civil em torno da missão de apoiar o desenvolvimento do Brasil".
O Google afirmou que esta é a terceira vez que Fabio Coelho participa de conselhos do governo federal, incluindo composições anteriores do colegiado.
"Acreditamos que estes conselhos representam um espaço democrático importante, nos quais as autoridades públicas têm a oportunidade de ouvir diversos segmentos da sociedade", afirmou a empresa em nota publicada.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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