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Terremoto do Chile deixou os dias na Terra mais curtos, diz cientista da Nasa

Foto de satélite da Nasa algumas horas após o terremoto do último sábado mostra uma nuvem de poeira sobre a capital chilena - Nasa
Foto de satélite da Nasa algumas horas após o terremoto do último sábado mostra uma nuvem de poeira sobre a capital chilena Imagem: Nasa

Da Redação

02/03/2010 13h13

Atualizada às 18h15

O terremoto de magnitude 8.8 que afetou o Chile no último sábado pode ter deixado os dias na Terra mais curtos. A suspeita é do cientista  Richard Gross, do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa, a agência espacial americana. Isso teria ocorrido por uma mudança na rotação do planeta.

Gross utilizou um modelo complexo para fazer o cálculo, que detectou uma redução de 1,26 microssegundos (um segundo por um milhão) no dia. O tremor deslocou o eixo do planeta de aproximadamente 8 centímetros.

O mesmo modelo foi utilizado para calcular o impacto do terremoto de 9.1 registrado em Sumatra em 2004. Na ocasião, a redução no dia foi de 6,8 microssegundos e a alteração no eixo da Terra foi de 7 centímetros.

Os cientistas se referem ao eixo imaginário de rotação da Terra, e não ao eixo Norte-Sul, que tem uma diferença de cerca de 10 metros.

O cientista explica que, embora o tremor do Chile tenha sido menor que o de 2004, ele afetou mais a Terra por causa da localização do fenômeno (no primeiro caso era mais próximo da linha do Equador) e da falha que causou o segundo terremoto, que envolvia um ângulo de inclinação mais acentuado.

Gross avisa, no entanto, que as previsões podem se modificar conforme sejam descobertos novos dados sobre o terremoto no Chile.