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Chegada de ministros e chefes de estado deve avançar negociações na COP-16

Lilian Ferreira

Do UOL Ciência e Saúde<br>Em Cancún (México)

05/12/2010 00h00

Neste sábado (4), foi encerrada a primeira semana de negociações da COP-16, Conferência do Clima, que ocorre em Cancún, no México. Agora ministros e chefes de estado são esperados para dar continuidade às negociações.

“Temos tempo suficiente este ano para avançar em diferentes questões. Alguns negociadores não podem ir além neste momento, o que faz com que todos esperemos o momento em que ministros estejam na cidade para dar novas ordens para que o acordo avance”, informou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador chefe da delegação brasileira.


Desembarcam em Cancún os presidentes da Bolívia, Evo Morales, do Equador, Rafael Correa, da Colômbia, Juan Manuel Santos, da Suíça, Dóris Leuthard, entre ministros de outros países. A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, deve chegar no domingo.

Segundo o embaixador, as posições sobre o acordo estão em diferentes estágios, mas que com “trabalho duro e um forte comprometimento” será possível chegar a um consenso.

Figueiredo afirma que só vê um resultado com um comprometimento de um segundo período do Protocolo de Kyoto, apesar de o texto apresentado pelo grupo de trabalho de ações cooperativas de longo prazo ter retirado esta exigência de sua proposta que será apresentada para os líderes na próxima semana.

O que Brasil e outros países em desenvolvimento pedem é que os países ricos que já fazem parte do protocolo assumam novas metas de redução após 2012, quando vencem as primeiras metas de corte de pelo menos 5% das emissões sobre 1990.

“O sistema não pode continuar sem se comprometer, sem um segundo período. Precisamos de cortes grandes também dos países que não são do protocolo e ações dos países em desenvolvimento”, lembra.