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Geleiras na Patagônia e no Alasca estão derretendo mais rápido que outras, diz ONU

Lilian Ferreira

Do UOL Ciência e Saúde<br>Em Cancún (México)

07/12/2010 14h37

Geleiras na Patagônia e no Alasca estão perdendo massa mais rapidamente e por mais tempo do que em outras partes do mundo. Esta é a conclusão de um novo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), divulgado na COP-16, Conferência do Clima, que ocorre em Cancún, no México.

A Ásia também preocupa os especialistas pelas enchentes decorrentes do derretimento de geleiras. “Nos últimos 50 anos, as enchentes têm aumentado na China, Índia e Paquistão. A região também pode sofrer com seca, pela redução de água disponível na região”, conta John Crump, coordenador que questões polares do Pnuma.

Segundo Crump, a neve do alto de montanhas está derretendo há 150 anos, mas a partir de 1980 o processo se intensificou. No noroeste dos EUA e sudoeste do Canadá, no Ártico e nos Andes, o derretimento também está acelerado.

Por outro lado, mais chuvas em determinadas regiões estão aumentando o gelo na Nova Zelândia, e partes da Terra do Fogo, na Argentina e Chile. Na Europa, as geleiras estavam crescendo até a década de 70, mas a partir dos anos 2000 o processo começou a reverter.

Por fim, eles avisam que algumas geleiras vão desaparecer até o final do século, enquanto outras ainda vão permanecer, mas com dimensões bem menores.