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Após morte de três funcionários em Sauípe, 1.800 são medicados contra meningite na Bahia

Carlos Madeiro<BR>Especial para o Ciência e Saúde<BR>Em Maceió

12/09/2011 21h09

A Secretaria Estadual de Saúde da Bahia informou nesta segunda-feira (12) que 1.800 pessoas de três cidades que tiveram contato com sete funcionários do complexo hoteleiro da Costa do Sauípe contaminados com meningite do tipo C foram medicadas para evitar uma possível contaminação pela doença. Por precaução, a administração do complexo também informou hoje que todos os demais funcionários do complexo hoteleiro de luxo serão vacinados.

De quarta-feira a sábado, o complexo hoteleiro sediou o “Sauípe Folia”, uma espécie de carnaval fora de época que se realiza anualmente, atraindo milhares de pessoas entre turistas e moradores da terra.

O órgão confirmou que os casos de meningite atingiram apenas funcionários do complexo. Sete empregados foram contaminados, e três morreram. Os outros quatro continuam internados no hospital Couto Maia, em Salvador, para tratamento médico. O órgão afirmou que nenhum caso foi registrado entre hóspedes ou moradores da região. As causas do surto estão sendo investigadas. As mortes ocorreram nas últimas quarta-feira (7), sexta (9) e sábado (10).

A secretaria informou que fez medicação com antibióticos –a quimioprofilaxia–, que é a medida indicada no protocolo do Ministério da Saúde para bloquear o surgimento de novos casos da doença entre pessoas que tiveram contato com vítimas da meningite C. A doença é causada por uma bactéria e é considerada a forma mais agressiva da doença.

Segundo a Secretaria de Saúde, nenhum novo caso da doença foi registrado entre sábado e início da tarde desta segunda-feira, o que foi avaliado como positivo.

A secretaria informou ainda que foi comunicada pelo complexo na última sexta-feira (9), e equipes das secretarias estadual e municipais estão monitorando o local. O número de profissionais de saúde foi ampliado e orientam funcionários sobre medidas de prevenção da doença. 

A direção do complexo disse que informou às autoridades sanitárias assim que teve conhecimento dos casos. Já a produção do “Sauípe Folia” disse, em nota, que só foi informada dos casos da doença no sábado (10), ou seja, no último dia do evento –e por isso não cancelou a micareta. Estimativas apontam que 3.000 pessoas participaram do evento por dia. 

Para o coordenador estadual das Emergências em Saúde Pública, Juarez Dias, não há motivo para pânico para quem foi ao carnaval fora de época, já que é pequena a chance de contaminação. “Os acometidos da doença são funcionários que trabalham na cozinha e em arrumação. Não lidavam diretamente com o público. O evento aconteceu em uma área fechada”, afirmou Dias, em nota.

A secretaria ressaltou que todas as pessoas que passaram recentemente pelo complexo de Sauípe devem ficar atentas em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dificuldade de movimentar a cabeça, vômito e dor na nuca. Quem apresentar esses sintomas deve procurar um médico.