Conselho Regional de Medicina do DF promete entrar na Justiça contra proibição de emagrecedores
Logo após o anúncio da decisão da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) de proibir a venda de emagrecedores no Brasil de emagrecedores derivados de anfetamina (femproporex e mazindol, anfepramona), o vice-presidente da CRM-DF (Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal), Dimitri Homar, anunciou que o conselho entrará com uma ação na justiça para tentar derrubar a resolução da agência.
“Nós já notamos que desde o início os estudos da Anvisa já estavam direcionados”, afirmou o médico. “O Conselho não pode deixar isso [acontecer], eles [a Anvisa] estão tirando a autonomia do médico e do paciente de decidir”, argumenta o vice-presidente.
Com base na experiência dele na capital federal, Homar destacou que não tem informação de nenhum caso de morte por causa do uso do medicamento na região.
O médico avaliou ainda que, pelo fato da obesidade ser uma doença crônica, a falta de medicamentos que atuem como inibidores de apetite para o tratamento de pacientes pode até influenciar no aparecimento de outras doenças.
Ele alertou ainda a necessidade de se ampliar a fiscalização nas fronteiras para impedir que o produto chegue de forma “pirata” ao consumidor brasileiro.
A Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) também informou que apoiará a ação. “Somos radicalmente contra a retirada da anfepramona, femproporex e mazindol porque não ficará no mercado para o tratamento dos pacientes obesos nenhum outro que tenha ação similiar ou sequer parecida com estes os três medicamentos que estão sendo eliminados”, afirmou vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Paulo Giorelli.
O nutrólogo não cita, no entanto, que há outros medicamentos que auxiliam a perda de peso, mas com atuação diferente. Enquanto a anfetamina e sibutramina atuam no sistema nervoso central, aqueles fabricados a partir do orlistate (princípio ativo do Xenical), que atuam diretamente no intestino.
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