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RJ registra 56 mortes por meningite meningocócica desde o início do ano

Do UOL Ciência e Saúde

Em São Paulo

06/10/2011 16h32

A Secretaria da Saúde do Rio de Janeiro informou nesta quinta-feira (6) que há 246 casos de doença meningocócica confirmados no Estado do início do ano até agora. Até a última segunda-feira (3), foram registradas 56 mortes. Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Alexandre Otávio Chieppe, não há evidências de surto ou epidemia.

A chamada região metropolitana II é a que registra mais notificações, com 16 casos em São Gonçalo, dois em Maricá, três em Itaboraí e 14 em Niterói 14. "Estes números estão dentro do esperado para estas localidades de acordo com a série histórica de casos nos últimos anos”, esclarece Chieppe.

De acordo com o superintendente, os casos estão ocorrendo de forma isolada em diferentes bairros e não há, até o momento, qualquer indicação de vacinação de bloqueio segundo os protocolos preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). “As ações para evitar o aumento de casos estão sendo realizadas oportunamente. Todos os casos estão sendo notificados pelos municípios e estamos acompanhando todas as ações realizadas por eles, orientando-os quando necessário”, ressalta.

Doença

A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro. Esta doença é causada, principalmente, por bactérias ou vírus, portanto são diversos os tipos de meningites. Nem todas são contagiosas ou transmissíveis. A meningite meningocócica é causada por uma bactéria, o meningococo e é contagiosa.

Pode ser transmitida pelo doente ou pelo portador através da fala, tosse, espirros e beijos, passando da garganta de uma pessoa para outra. Nem todos que adquirem o meningococo ficam doentes, pois o organismo se defende com os anticorpos que cria através do contato com essas mesmas bactérias, adquirindo portanto, resistência à doença. As crianças de 6 meses a 1 ano são as mais vulneráveis ao meningococo porque geralmente ainda não desenvolveram anticorpos para combatê-la. É uma doença grave e devemos estar alertas para os sinais e sintomas porque, se diagnosticada e tratada logo, pode ser curada sem deixar sequelas para o doente.

Sintomas e prevenção

Os sintomas da doença são febre alta; dor de cabeça forte; vômitos (nem sempre, inicialmente); rigidez no pescoço (dificuldade em movimentar a cabeça); manchas vinhosas na pele; estado de desânimo, moleza. Nos bebês pode-se também observar moleira tensa ou elevada; gemido quando tocado; inquietação com choro agudo; rigidez corporal com movimentos involuntários, ou corpo "mole", largado.

A vacina contra Meningococo C está atualmente disponível na rede pública para crianças com menos de 1 ano (doses aos 3, 5 e 15 meses), pois faz parte do Calendário Básico de Vacinação da Criança, do MS. A vacina contra o Haemophilus influenzae tipo B também protege contra a meningite e faz parte do calendário.

Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados e a higiene ambiental.