"Só juntos podemos combater consequências das mudanças climáticas", diz secretário geral da ONU
"Enchentes no Paquistão e na Tailândia, desmatamento na Indonésia e no Brasil, desertificação na África, centenas de milhares de pessoas famintas... Vi pelo mundo como a mudança climática é imprevisível e tem tido efeitos mais intensos", disse Ban-Ki-Moon, secretário geral da ONU, nesta terça-feira (6), em Durban, na África do Sul. Começou hoje a rodada de alto nível, com ministros e chefes de Estado, nas negociações da Conferência do Clima, que vai até sexta (9).
Segundo o secretário geral, vários países já estão sofrendo as consequências do aquecimento global e só uma atitude também global poderá combatê-lo. "Não há tempo a perder. É preciso ter mais investimento em desenvolvimento sustentável e energia. E deve ser efetivo e para todos, em um acordo global. Só juntos podemos chegar ao futuro que queremos".
Para isto, o segundo período do Protocolo de Kyoto é essencial, segundo Moon. Ele pediu o comprometimento dos países para criarem as condições para que isto ocorra. "Países chave como a China já estão tomando atitudes positivas", ressaltou.
Moon lembra que metas legais domésticas, ou seja, leis internas de um país, também têm grande impacto. "Seria muito melhor um acordo legal global, mas não podemos mais esperar, e as metas domésticas são importantes". Ele diz que a maioria dos países falharam em suas metas de redução, enquanto 18 têm obrigações legais internas.
Christiana Figueres, secretária-executiva da Convenção do Clima, voltou a reafirmar que a negociação agora é como os países vão se comprometer e não se vão se comprometer.
"As negociações estão caminhando, temos resultados concretos. Agora são detalhes técnicos que estão sendo resolvidos".
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