Grupo mostra potencial de células do cordão umbilical para tratar lesões na medula espinhal
Pela primeira vez, cientistas conseguiram converter células extraídas do cordão umbilical em outro tipo de célula, abrindo caminho para tratamentos de lesões na medula espinhal e doenças do sistema nervoso.
Para o bioengenheiro James Hickman, da Universidade da Flórida Central, os resultados são animadores porque existe um dilema ético envolvido no uso de células de embriões.
Já no caso do cordão umbilical, não existe obstáculo uma vez que se trata de um material que seria descartado de qualquer maneira. Outra vantagem seria o fato de que essas células costumam causar menos reações imunológicas, o que simplificaria o potencial uso em tratamentos médicos.
A pesquisa será publicada amanhã (18) na revista ACS Chemical Neuroscience.
A principal autora da pesquisa, Hedvika Davis, colega de laboratório de Hickman, conseguiu transformar células-tronco do cordão umbilical em oligodendrócitos – estruturas que isolam as células nervosas do cérebro e da medula espinhal.
Os oligodendrócitos produzem mielina, que permite às células nervosas enviar estímulos elétricos gerar movimentos.
Para conseguir a diferenciação celular, ela usou o hormônio norepinefrina e, o que é mais importante, criou um ambiente de confinamento, tridimensional, para o crescimento das células. Só assim elas atingiram o estágio de oligodendrócitos.
O feito, embora crucial, é apenas o primeiro passo para o potencial uso em tratamentos médicos. O grupo espera, futuramente, testar injeções de oligodendrócitos saudáveis em lesões da medula espinhal e em pacientes com esclerose múltipla.
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