Emissões globais de CO2 atingem recorde em 2011, diz AIE
As emissões globais de dióxido de carbono (CO2) pela queima de combustível fóssil aumentaram 3,2% no ano passado, atingindo um recorde de 31,6 gigatoneladas, informou a Agência Internacional de Energia (AIE) num balanço preliminar nesta quinta-feira (24).
A China foi o principal emissor global, com um aumento de 9,3% em suas emissões, disse a AIE, que tem sede em Paris.
"O que a China tem feito ao longo de um período tão curto de tempo para melhorar a eficiência energética e implantar energia limpa já está pagando dividendos importantes para o meio ambiente global", disse Fatih Birol, economista-chefe da AIE.
Se não fosse por algumas melhorias, a quantidade de emissões por parte dos chineses teria sido muito maior. Entre 2005 e 2011 o país conseguiu reduzir as emissões de CO2 em 15%.
Depois da China, Estados Unidos e União Europeia aparecem como os principais emissores. A Índia ocupa o quarto lugar, com um aumento de 8,7% em suas emissões.
As emissões por parte do Japão subiram 2,4%, resultado de um aumento substancial da utilização de combustíveis fósseis na geração de energia pós-Fukushima.
Embora seja o segundo maior emissor global, as emissões norte-americanas caíram 1,7% em 2011, principalmente pela substituição de usinas a carvão para gás natural e também por um inverno mais brando que reduziu a demanda por aquecimento, informa o relatório da AIE.
Desde 2006, os Estados Unidos apresentaram uma queda de 7,7% nas emissões, a maior entre os países da região.
A energia gerada pelo carvão respondeu por 45% das emissões de CO2 em 2011, seguida do petróleo (35%) e do gás natural (20%).
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